A covid-19 e as vacinas
Por C. B. Esperança
Na euforia de uma vacina cuja investigação, experimentação, fabrico e aprovação bateu todos os registos anteriores conseguidos pela indústria farmacêutica, abriram-se ainda novas linhas de investigação para vacinas de outras doenças, o que é admirável.
Há resultados auspiciosos, que respondem à ansiedade provocada pela mais devastadora pandemia dos últimos cem anos. Registe-se a solidariedade da U. E. para com os países que a integram, certa de que o vírus ignora fronteiras e percorre a todos os continentes.
O coronavírus restringe as nossas liberdades, mas será demolidor para os nacionalismos dos países que exaltam o isolacionismo e são incapazes de resolver sozinhos os desafios sanitários que se lhes colocam.
Curiosamente, a ansiedade, que deu origem à euforia, tem impedido a reflexão sobre os fracassos que hão de surgir e a desilusão que podem gerar.
A ignorância, indecisão e conselhos contraditórios para a prevenção da Covid-19, que as mais prestigiadas e confiáveis instituições internacionais revelaram, podem repetir-se na pós-vacinação. É prematuro prever o tempo de imunização das vacinas, sobretudo numa epidemia que não tem carácter sazonal e persiste com a mudança das estações do ano.
Quando os sábios não conseguem fazer prognósticos, é razoável que os leigos, em vez de perorarem sobre tudo o que se refere à pandemia, evitem comportamentos de risco e sigam os conselhos que as autoridades de saúde, mundiais e nacionais, diariamente se esforçam por divulgar.
A prudência e o bom-senso são agora, e no futuro, a melhor de todas as atitudes, antes e depois da vacina, antes e depois da sua eventual repetição periódica.
Sejamos sensatos.
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