No “Correio de Lagos” de Junho de 2022
Depois disso, e como se pode ver pelos mapas e gráficos divulgados regularmente pelo Serviço Nacional de Informação de Recursos Hídricos, esse valor continuou a baixar, sendo que, no mês passado, a respectiva bacia hidrográfica já ia em 14,6%, [entretanto, já desceu abaixo de 13%] de longe a pior de todas as monitoradas.
E ESTÁVAMOS nisso quando, na manhã do passado 31 de Maio, pude assistir novamente a uma dessas regas à chuva... com boa parte da água a escorrer para os passadiços de betão, para a calçada e para o alcatrão, onde, juntando-se à outra que estava a cair do céu, seguia para as sarjetas, diligentemente a caminho do mar.
Mas, e como é sempre possível fazer pior, pude constatar que, no dia seguinte, e apesar de ter chovido de noite, os rodopiantes aspersores lá estavam a trabalhar, madrugadores e infatigáveis, molhando e encharcando o que já estava molhado e encharcado... altura em que eu decidi passar a levar os meus netos por outro caminho, para me furtar à pergunta que a qualquer momento me poderiam colocar: «Ó avô, é a isto que se chama ‘chover no molhado’?» — apesar de eu já ter a resposta preparada: «Não, meus queridos, isto é ‘molhar o chovido’».
NOTA FINAL: Quando, em tempos, divulguei no Facebook a foto que mostra os presidentes do Turcomesnistão e da Bielorrússia a fazerem uma “dessas regas inteligentes”, houve uma senhora brasileira que escreveu que “isso é mesmo coisa de português!” — um comentário habitual no Brasil quando se trata de idiotas, mas que, neste caso, é um pouco injusto — pois, como vimos, o que não falta por cá são portugueses capazes de fazerem isso... e muito, muito mais!
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No “Correio de Lagos” de Junho de 2022
Etiquetas: CMR, Correio de Lagos
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