Diz o despido para o nu: «porque não te vestes tu?»
Lê-se no Público online:
«Durão Barroso realçou também que a China "deve fazer ajustes na sua eficiência energética, para o seu próprio bem" e recordou como exemplo que, para produzir um euro do seu PIB, o país consome três vezes mais petróleo que a média mundial».
De facto, o nosso homem já perdeu o senso do ridículo ou todo o contacto com Portugal - de outra forma não se percebe como é que se põe em bicos-de-pés e vai ralhar à China por uma situação que, no seu país, é semelhante!
10 Comments:
A expressão "é para o teu bem" é das mais irritantes da língua portuguesa. Mas, usada por Durão Barroso nestas circunstâncias, deixa de irritante para passar a ser anedótica.
Parece um daqueles filhos de pais pobres (aldeões) que ao fim de uns anos regressam à aldeia e começam a dar conselhos a quem os botou no mundo...
Às vezes, fazem-no de uma forma tão parva que só apetece dar-lhes um bom par de chapadas.
Eduardo
Meu caro Medina
Que situação é que é semelhante no nosso país !?
Não haverá por aí algum exagero?
Jorge Oliveira
É possível que haja algum exagero, mas o que pretendo referir são duas realidades:
Ultimamente, e a toda a hora, ouvimos dizer que Portugal é, dos países da UE, o que mais energia gasta para produzir o mesmo.
Durão vai dizer aos chineses uma coisa parecida.
Mas o que me parece sumamente ridículo é a atitude em si mesma:
Um ex-P.M. de um país atrasado (e que, por acaso, "não anda nem desanda") ir dar lições (de eficiência energética ou outras) a um país como a China.
Caro Medina
Mas agora Durao Barroso perdeu o direito moral de falar, só por ter sido dirigente politico de Portugal? assuntos e situaçoes semelhantes aos nossos em outros paises nao poderao ser comentadas por um alto representante da UE por este ter sido primeiro ministro de Portugal?
ha que separar as aguas...
Imagine-se as cenas:
Um indivíduo, com uma cirrose de todo o tamanho, vira-se para outro e diz-lhe:
«Tens de começar a beber menos, pá! Olha que o que eu digo é para teu bem!»
--
Ou Alberto João Jardim a dizer ao pessoal:
«Não digam palavrões, não insultem ninguém, sejam bem educados! Olhem que o que eu digo é para vosso bem!»
--
Claro que eles têm todo o direito do mundo de falar, de dizer o que quiserem e até de dar conselhos.
--
O facto de cairem no ridículo é outro aspecto do problema...
Os políticos não têm, em geral, o senso do ridículo. É isso, aliás, que faz o êxito de programas como o «Contra-Informação».
Eles não são capazes de «se verem de fora», não se apercebem de como os outros os vêem.
Esta de um micro-político, oriundo de um micro-país, ir dar conselhos ao maior gigante do planeta... Bem, é como ver um piolho a querer ensinar um elefante a andar.
Tanto mais que se trata de um assunto (a eficiência energética)em que Portugal só tem é de se envergonhar, e de o "professor" em causa ter estado ao leme dele.
Mas «presunção e água-benta cada um toma a que quer».
Luís M.S.
Parece-me que vai para aqui alguma confusão:
O que é que tem a ver «o direito de Durão Barroso dizer o que quer» com o facto de as suas lições sobre eficiência energética serem, de facto, caricatas (especialmente por virem de quem vêm)?
Uma coisa não invalida a outra!
C.E.
Mas sera que o tempo que Durao Barroso teve no poder daria tempo para agir em relaçao ao comsumo/produçao? entao qualquer assunto que comente ou "aconselhe" em nome da UE tera de ser algo que nao se tenha passado em portugal durante o seu periodo de liderança? ... se n caira em ridiculo? é que sendo assim nao podera falar sobre problema nenhum de pais nenhum.... caira sempre no ridiculo.
Parece-me ver em alguns dos comentários novos seguidores do Jorge Coelho!
O Jorge Coelho arranja facilmente seguidores, pois o que ele faz é muito simples:
Berra que se farta, diz sempre o que o Chefe diz, e fá-lo usando a torto e a direito a expessão "meus caros amigos".
Como é evidente, muda de opinião com grande rapidez (e tantas vezes quantas as que forem precisas), defendendo tudo e o seu contrário sempre com convicção.
Está muito bem posicionado na corrida para o prémio do Grande-Demagogo-Fala-Barato, cuja próxima audição pública será em Outubro.
Enviar um comentário
<< Home