O ataque aos transportes colectivos «já vem de longe»
(Como de costume, clicar na imagem para a ampliar)
COMO se sabe, quando governantes-aprendizes ou gestores de meia tijela enfrentam dificuldades, as primeiras duas coisas que lhes vêm à cabeça são despedir gente e aumentar preços ou impostos; e foi por isso que não estranhei quando, ontem, fiquei a saber que o preço dos transportes públicos vai aumentar (e já dentro de dias) 3,98%.
A explicação (que é a do costume...) ouvi-a ontem a um dirigente da ANTROP; depois, tendo-lhe sido perguntado o que estava a ser feito para facilitar a vida aos transportes públicos, respondeu que o assunto está a ser ABORDADO, FALADO e DISCUTIDO com o Governo - e estranho seria se a resposta fosse outra.
O curioso é que ouvi essas declarações na rádio, enquanto me encontrava parado na Av. das Forças Armadas, em Lisboa, e ao meu lado meia-dúzia de carros bloqueava, impunemente, a faixa BUS.
Antes de, irritado, mudar de estação, ainda fiquei a saber que este aumento de preços (tal como, aliás, o de 3,7% em Maio passado) nada tem a ver com o habitual, previsto para Janeiro que vem. Ao de agora, eles chamam intercalar, palavra muito bem escolhida, em que sobressai a segunda metade, tão tipicamente nacional.
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As imagens que aqui se vêem ilustram três ataques típicos a transportes colectivos:
O monstro que se vê na primeira não simboliza só o preço-dos combustíveis, mas também a falta de vontade-política dos sucessivos governantes e autarcas, a quem (por muito que digam o contrário) o problema não parece preocupar seriamente.
A segunda remete para problemas em países produtores de petróleo.
A terceira mostra como alguns americanos-indígenas criavam - já no século XIX! - problemas aos transportes colectivos, antecipando a acérrima defesa do transporte individual que viria a caracterizar a Sociedade lá do sítio.
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Imagens: www.dragoesdareal.com.br/downloads/wallpapers/ataque_carroca.jpg
http://fama2.us.es/fde/galeria02/7_305_ataque_diligencia.jpg
http://es.geocities.com/cieloamarillo1/indios.jpg
1 Comments:
Caro CMR
Autarcas, governantes, juizes, etc., circulam com motoristas (todos) e com batedores (alguns).
Estão-se, pois, completamente nas tintas para os transportes públicos, seus preços e comodidade.
Aliás, as maiores dificuldades do dia-a-dia do cidadão não os tocam:
Alguém imagina algum deles a passar 6 horas nas filas da S.S., ou a andar de noite nos comboios da Linha de Sintra, ou a desesperar num Banco das urgências, ou...?
Essa gente vive noutro mundo!
Duarte
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