O «Correio da Manhã», o «Público», etc, também chamam hoje "acidentes" a estes "desastres", "sinistros" e (muito provavelmente) "crimes".
Esse espírito de desculpabilização transfere-se depois para os tribunais, de onde os criminosos saem quase invariavelmente sem problemas - e nem mesmo a carta lhes é apreendida.
Não poderia estar mais de acordo. Já é mais que tempo de tratar as coisas pelos nomes.Acidente é um acto fortuito e inesperado e aquilo que diáriamente encontramos são na realidade crimes que acontecem por incúria, desleixo, falta de educação e de responsabilidade. Talvez que se a comunicação social utilizasse a correcta designação, os portugueses entendessem finalmente que nada acontece por acaso e que as mortes nas estradas, na realidade não acontecem por "acidente". Não existedesculpabilização possível em nome do acaso.
3 Comments:
O «Correio da Manhã», o «Público», etc, também chamam hoje "acidentes" a estes "desastres", "sinistros" e (muito provavelmente) "crimes".
Esse espírito de desculpabilização transfere-se depois para os tribunais, de onde os criminosos saem quase invariavelmente sem problemas - e nem mesmo a carta lhes é apreendida.
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Ana e Rui disse...
Não poderia estar mais de acordo. Já é mais que tempo de tratar as coisas pelos nomes.Acidente é um acto fortuito e inesperado e aquilo que diáriamente encontramos são na realidade crimes que acontecem por incúria, desleixo, falta de educação e de responsabilidade.
Talvez que se a comunicação social utilizasse a correcta designação, os portugueses entendessem finalmente que nada acontece por acaso e que as mortes nas estradas, na realidade não acontecem por "acidente". Não existedesculpabilização possível em nome do acaso.
Um abraço e um Bom 2006
Rui
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