7.5.06

PS, Freitas e «Expresso» em luta pelo "título"!

APARENTEMENTE, é uma esquisitice: em vez de se contestar o teor da notícia (ou da entrevista) em si mesma, faz-se uma grande guerra e contesta-se... o título!
Mas, em certos casos, pode haver alguma razão para isso, na medida em que se espera que um título resuma o texto que encabeça - o que, por inépcia ou má-fé de quem o redige, pode não acontecer.
A solução passa, porventura, por seguir a sugestão do letreiro que se pode ver à entrada das portagens: «Retire o título».
NOTA: Sobre isso de títulos posso falar de cátedra, pois escrevo muitas cartas para os jornais e a maioria deles arroga-se o direito de lhes alterar o título - o que é particularmente irritante pois, em geral, dão-me muito trabalho a escolher.

O caso mais desagradável passou-se em 2002 (e precisamente com o«Expresso»...) quando publicou um artigo de opinião que escrevi sobre Barrancos.

Intitulei-o «A barraca de Barrancos» (*), mas o pândego de serviço não gostou e, sem me dizer nada, mudou-o para «O espectáculo segundo o Marquês de Sade», o que me valeu uma troca de palavras com o Prof. Carlos Amaral Dias que acha que as touradas de morte não têm nada de sadismo (**).
Mas, reconheço, isso foi diferente do que sucedeu com Freitas do Amaral, pois o/a jornalista teve mesmo de arranjar uma frase que, a seu ver, resumisse o teor da entrevista. No meu caso, foi um brincalhão qualquer que por lá andava que achou por bem pôr na minha "boca" palavras que não eram minhas.

(**) Pode ser lida em: www.janelanaweb.com/humormedina/cartas16.html