COMO se sabe, o Hezbollah, no Líbano, tem-se recusado sempre a entregar as armas, fazendo o mesmo que os mercenários gregos fizeram, muito antes da nossa era, durante as suas andanças pelo Médio-Oriente:
Quando os 13.000 gregos, que haviam acompanhado Ciro (*), preparavam a retirada, Artaxerxes, amigavelmente, pediu-lhes que entregassem as armas.
Quando os 13.000 gregos, que haviam acompanhado Ciro (*), preparavam a retirada, Artaxerxes, amigavelmente, pediu-lhes que entregassem as armas.
A resposta (ou não fossem esses soldados contemporâneos de Sócrates...) foi:
- Se nos queres como amigos, precisamos das armas para te ajudar. Se nos queres como inimigos, precisamos delas para nos defendermos de ti.
E não lhas deram - o que, por sinal, lhes salvou a vida e lhes permitiu regressar à Grécia com poucas baixas após uma longa retirada recheada de peripécias bélicas.
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(*) Quando Dario, rei da Pérsia, morreu, o poder passou para o seu filho Artaxerxes - ficando o irmão, Ciro, com poderes menores. Este, então, contratou tropas locais (100.000 homens) e 13.000 mercenários gregos para se apoderar do trono. Em seguida, e sem nunca revelar aos exércitos o seu objectivo final, marchou para a zona onde agora é o Iraque e, numa batalha com o irmão, acabou por ser morto.
Os gregos, já não tendo mais que fazer por aquelas bandas, trataram de regressar à Grécia, o que não foi fácil visto estarem extremamente longe e rodeados de inimigos.
Dá-se então aquilo que Aquilino chama «A Retirada dos Dez Mil», na tradução que faz da obra «Anábase», atribuída a Xenofonte (o general que, sucedendo a Clearco, comandou a maior parte da retirada).
1 Comments:
Não confundir este Dario (que morreu de morte natural)com o outro, referido no post anterior (que Alexandre derrotou e que morreu na fuga).
Também não confundir este Ciro com outro, com o mesmo nome, que reinou na Pérsia.
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