22.11.06

Admirados de quê?

PARECE HAVER PESSOAS perplexas com a decisão do governo acabar com o subsistema de saúde e reforma dos jornalistas. Não se percebe porquê.
Sócrates acaba com a Caixa dos jornalistas como Alegre despediu milhares de trabalhadores fechando “O Século”, e outros camaradas deles destroçaram a Emissora Nacional, o “Jornal do Comércio”, o “Diário Popular”, a “República”, acabaram com o Rádio Clube Português, fecharam os Emissores Associados de Lisboa e estoiraram com a agência ANOP. Então, qual é a surpresa de agora?!
Como pode haver quem fique boquiaberto, conhecendo esta gente de ginjeira? Nas últimas duas décadas nunca abrandou o apetite devorador pela Caixa e pela Casa de Imprensa, instituições criadas pela corporação durante a ditadura, com administração e aplicação exemplares de fundos gerados pela própria indústria, baseadas nos princípios do socorro mútuo.
Compreendo o desabafo da Maria Antónia Palla, última presidente da Caixa. Faz-me lembrar a ironia de alguns amigos meus, velhos resistentes na ditadura, que me confessam que desde o guterrismo que andam cheios de saudades duma semana de fascismo…
«25ª HORA» - «24 horas» de 22 Nov 06

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem haja o Joaquim Letria por nos recordar quem é, de facto, esta gente que está hoje em dia no poder.
Comparados com eles, os salazaristas eram uns meninos de coro. Os salazaristas detestavam a democracia e nunca foram capazes de perceber, como estes cavalheiros perceberam, que em democracia se engana muito mais gente, de forma mais eficaz. E até se consegue ganhar eleições com maioria absoluta ...

Jorge Oliveira

22 de novembro de 2006 às 14:36  
Anonymous Anónimo said...

Bem haja o Joaquim Letria por nos recordar quem é, de facto, esta gente que está hoje em dia no poder.
Comparados com eles, os salazaristas eram uns meninos de coro. Os salazaristas detestavam a democracia e nunca foram capazes de perceber, como estes cavalheiros perceberam, que em democracia se engana muito mais gente, de forma mais eficaz. E até se consegue ganhar eleições com maioria absoluta ...

Jorge Oliveira

22 de novembro de 2006 às 14:37  

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