«ACONTECE...» - Passatempo com prémio
Por Carlos Pinto Coelho
Esta fotografia inédita, que o Sorumbático publica em estreia, é um convite à criatividade dos nossos visitantes:
Faça um texto, em prosa ou em verso (até às 20h do próximo dia 14, sexta-feira), afixe-o em comentário, e pode ser contemplado com um dos livros que temos para prémio.
Uma única condição: o texto deverá conter o nome do país onde a fotografia foi feita. Simples...
Uma única condição: o texto deverá conter o nome do país onde a fotografia foi feita. Simples...
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NOTA: esta fotografia, como todas as outras aqui afixadas em posts com o título genérico «ACONTECE...», é da autoria de CPC.
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O vencedor é "INF-1962". Há também uma menção honrosa para "Nanda", a quem não pode ser atribuído prémio por ter concorrido já depois do prazo.
Etiquetas: CPC, Passatempos
11 Comments:
Itália, bela Itália,
Que saudades, eu não aguento,
É triste ver as tuas paredes,
Grafitadas, com roupa ao vento.
11.12.2007 - RM
A Itália é o país
(tendo em conta a tabuleta)
de resto, nada me diz
toda aquela roupa preta...
Não é fácil encontrar
uma rima para "Itália".
Será que posso tentar
nem que seja p'ra começar
fazer rima com "algália"?
Só para alertar os comentadores mais distraídos que na Suiça existe um cantão italiano, para bom entendedor...
Roupa branca que a magia da polarização fotográfica transformou em manchas negras, pendentes, fantasmagóricas e belas - muito belas. Dança por elas um vento estático. É a vida de muitos corpos ausentes, plasmada numa imagem que apetece.
Teresa Joana,
Leia bem as condições do passatempo: tem de referir o país onde a foto foi tirada.
Pedro Oliveira,
Uma pesquisa no Google em «Via dei Vascellari» diz que é em Itália.
É Itália sim, mas Portugal também, ou alguma brecha de subúrbio carioca ou sul-africano. O que esta imagem tem é uma carga humana universal, um olhar amoroso sobre a vida dos homens vivos, ali reflectida na roupa que seca numa corda urbana. Gosto muito!
Anónimo, o comentário sobre a Suiça era só para despistar, eh, eh, eh.
Itália, Roma, Trastevere, só que não são trastes o que vemos, só vemos o que não vemos, por luz não ter...
Nesta rua moram viúvas. Os seus homens, os “vascellari” de Itália os levaram para o mar. Não voltaram. Por dentro daquela porta, a solidão do luto. A melancolia e a poesia das lágrimas, que correm a par das memórias, enchem a casa e, subtilmente vêm para a rua. Logo, à noitinha, uma sombra na penumbra virá e retirará a roupa do estendal. As paredes já ninguém voltará a pintar, a decadência instalou-se, a vida decorre parada no tempo. O turista fotografa para memória futura. Traz consigo a saudade de um lugar pitoresco e semelhante a outros que já viu no seu país natal.
nanda
O prazo já acabou. Eu sei. Não queria, no entanto deixar de participar.
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