28.1.08

As taxas e os novos 'parodiantes'

PORQUE SERÁ que não encontro (pelo menos nos blogues mais lidos) qualquer referência a mais uma descida das taxas de juro dos Certificados de Aforro - a segunda, só nesta legislatura?
E, no entanto, o assunto afecta muitos - mas mesmo MUITOS! - milhares de pessoas (especialmente mais idosas e de modestas posses), e num assunto que, para elas, é quase sagrado: as economias de toda uma vida.
Palpita-me que o desinteresse por esse assunto tem alguma coisa a ver com a idade e/ou a origem de classe da grande maioria dos autores e comentadores da blogosfera. Estarei enganado?
*
Na imagem, vê-se um autógrafo que o saudoso José Andrade (o JACK TAXAS d' «Os Parodiantes de Lisboa») me deu por volta de 1961. Aqui fica ele, a propósito de taxas... e de parodiantes.

Etiquetas:

4 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

CERTIFICADA...MENTE

IMAGINE-SE QUE ALGUÉM pede a outrem dinheiro emprestado a um determinado juro. E que, algum tempo depois, arranja outra pessoa que lhe empresta mais, e em condições mais vantajosas. Estará de parabéns.

Mas imagine-se que o acordo com o primeiro credor abrange os dois empréstimos e que, de um momento para o outro, o beneficiário - já com o dinheiro na mão... - decide, unilateralmente, passar a pagar menos do que o combinado.

Será provável que isso suceda sem dar origem a sarilhos? Não sei, pois é o que, e mais uma vez (!), acontece com a descida das taxas de juro dos Certificados de Aforro.

De qualquer forma, a questão que se coloca é a seguinte:

Se todos já sabemos que o actual governo é especialista no que toca ao incumprimento de promessas - e, mais ainda, no que toca a insensibilidade humana... - era assim tão necessário mais este "certificado"?
-
Publicado no «Global» de hoje

28 de janeiro de 2008 às 22:20  
Blogger R. da Cunha said...

Já tinha lido a carta no Global - Notícias. É um desaforo, como diriam os nossos irmãos do lado de lá do Atlântico.
Entenderia que as regras para a nova série fossem alteradas, assim não! O que poderia ser, também, feito, como me dizia um amigo (ao comentarmos o teor da sua carta), era descer o montante máximo da aplicação, de modo a desincentivar os grandes aforradores, mas permitindo aos pequenos socorrem-se deste meio de poupança. Isto não é justo, nem moral.

28 de janeiro de 2008 às 23:56  
Anonymous Anónimo said...

Essa e outras notícias sobre economia podem ser lidas no blog
http://economiafinancas.com/

29 de janeiro de 2008 às 08:25  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

R. da Cunha,

Sim, saiu no «Global», mas com o título alterado e alguns cortes.

Julgo que o «Destak» vai publicar, ainda esta semana, o texto integral e com o título «Certificado!»

29 de janeiro de 2008 às 10:38  

Enviar um comentário

<< Home