11.2.08

Passatempo com prémio

PERDOAR-ME-Á o próprio - tenho tentado resistir, mas não consegui. É que o ataque de que Ricardo Bexiga foi alvo levou-me, por uma associação de ideias porventura inconveniente, a alguém que, ao invés, foi "atacado por bexigas"; refiro-me a Camilo Castelo Branco que, já agora, é pretexto para mais um passatempo, cujo prémio (um dos livros que aqui se mostram) será entregue ao primeiro leitor que der a resposta certa à questão que adiante se coloca.
«Numa sua famosa obra, o romancista refere um cavalheiro do Porto, pessoa de maus-fígados, que contratou uns indivíduos com um apreciável currículo de violência para "darem cabo do canastro" a um inimigo - por sinal um político de uma povoção ali perto.
A vítima, que conseguiu escapar com vida, fez queixa às autoridades mas sem qualquer sucesso, pois o mandante do crime moveu as suas influências junto dos meios convenientes, ao mesmo tempo que os agressores, interrogados, negavam tudo.
Houve ainda outras peripécias (que envolveram uma fuga do figurão para Espanha e uma cúmplice de conduta duvidosa); mas o que importa é que, no fim, só não ficou tudo em águas-de-bacalhau porque houve um condenado: foi o denunciante da tramóia que, acusado de calúnia, levou a pena máxima correspondente».
Pergunta-se: qual é o título desse saboroso romance publicado há 140 anos?
Actualização: a resposta certa («Mistérios de Fafe») foi dada por Afonso Reis Cabral, a quem o prémio já foi enviado.

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5 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Dicas:

O romance é de 1868 e, como sucedia com frequêmcia com Camilo, tem muito de autobiográfico, nomeadamente a grande importância que têm os filhos ilegítimos no desenrolar da trama.

Boa parte da acção também se passa numa terra onde Camilo andou... fugido à Justiça.

11 de fevereiro de 2008 às 13:29  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Nessa época, e para efeitos legais, o filho era sempre considerado como sendo do marido da mãe, mesmo que se soubesse que não o era.

Esse foi um problema com que Camilo teve de se defrontar "na vida real" (como hoje se diz), pois Ana Plácido teve um filho de relações extra-matrimoniais mas que, para todos os efeitos, "era filho do marido".

11 de fevereiro de 2008 às 14:17  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Outra "dica":

O episódio vem referido nos capítulos IX e X do romance.

11 de fevereiro de 2008 às 14:22  
Blogger Afonso Reis Cabral said...

O livro chama-se "Os Mistérios de Fafe", penso eu.

11 de fevereiro de 2008 às 14:24  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Afonso Reis Cabral,

E pensa muito bem!

Escreva para sorumbatico@iol.pt dizendo qual dos livros prefere.

(Se já tiver ambos, posso propor-lhe alternativas)

11 de fevereiro de 2008 às 14:29  

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