SUGERE-SE aos leitores a abordagem do tema do chip que o Governo pretende que venha a ser instalado obrigatoriamente nos automóveis portugueses - pelo menos nos que não tenham via-verde.
Se, como tudo indica, essa solução aparece como a única possível para implementar as tais portagens em autoestradas que actualmente são SCUT, o que sucederá com os veículos estrangeiros?
Depois dos chips nos cães, nos automóveis, enfim de tudo o que se move, os próximos irão ser as pessoas? Mais uma medida "moderníssima". Mais um custo para os cidadãos. E mais uma medida avulsa. Mas que apenas significa que não têm controlo de nada. Os sistemas têm que estar actualizados e funcionar bem. Não é com a introdução de modernices que os problemas ficam resolvidos. A questão fulcral da organização deste tipo de serviços (chamem-se DVG ou IMTT, etc.) é sempre a mesma. De pouco servem os computadores se os hábitos e a organização em si não forem arrumados. As bibliotecas boas tinham os seus registos bem organizados mesmo antes do adventos dos computadores. Depois estes só vieram ajudar. Por isso noutros países não é preciso chips para haver um efectivo controlo dos seguros automóveis. Mais uma vez, o chip é só fumaça....
Tenha-se em conta que, segundo números oficiais, há 6,5 MILHÕES (!) de multas por processar (quanto mais por pagar!) e 800 condutores (só?) que deveriam ter ficado sem carta e que continuam a conduzir, devido ao "fecho" da DGV e consequentes bloqueios informático-burocráticos.
Tudo isto é do âmbito do MAI, onde é Secretário de Estado o José de Magalhães, uma pessoa que conheço e estimo, e que, pelo seu currículo (de "entendido em informática"), me dava esperanças de meter na ordem a informática do Estado - ou, pelo menos, a do seu ministério.
Nesse aspecto, está a ser, para mim, uma desilusão - só comparável (mas mais grave) a Sá Fernandes na Câmara de Lisboa.
A desculpa das scuts é apenas uma "TRETA". O Objectivo é o mesmo do CU (Cartão Único) "The Big Brother is watching you".
Em Israel apenas existe uma autoestrada com portagem. Nesta auto estrada não há portageiros, não há cabines, não há via verde, apenas há câmaras que registam a matricula. Depois o proprietário do veículo recebe a conta em casa.
Simples - os carros estrangeiros não pagam! Até é um incentivo para os turistas trazerem os seus automóveis, e pagar a gasolina ao preço que sabemos...
Nesse tipo de "pagamento não presencial" (leitura óptica de matrículas, por ex.) preocupa-me a facilidade de qualquer automóvel poder envergar uma matrícula que não seja a sua, ou os motociclistas que tapam a sua matrícula ao passar nessa "portagem". Porque, como de costume, quem vai ter de provar que não passou lá vai ser o cidadão anónimo que há-de ter a habitual carga de trabalhos. E parece-me também difícil de ser totalmente fiável no que toca a cobrar realmente a todos os veículos que lá passam. E ainda há a questão de ter de se registar uma entrada e uma saída. Duvido que a Brisa tenha as praças de portagem por não lhes apetecer mudar para um sistema mais económico. E chips? Isso é mais um ataque à protecção dos dados individuais de cada um. O tal Big Brother. Para se saber onde andam todos os carros. Já agora vamos almejar a ter o "analizador de pensamentos ou acções impróprios para um ser humano" que permita multar ainda antes da pessoa cometer algo. Multas preventivas. Isso também pode ser uma novidade a apresentar em breve.
Caríssimo Antunes Ferreira, Muito grata pela presença no nosso blog onde estamos comemorando os 100 anos do grande escritor de "Grande Sertões:Veredas", João Guimarães Rosa. Quanto a essa temática dos "chips nos automóveis", prefiro não me pronunciar no momento, por desconhecimento total dos motivos. Vou inteirar-me antes de qualquer opinião, não pretendo ser leviana. Seu blog é uma referência e um belo exemplo de seriedade, assim como a sua carreira de jornalista e escritor. Estão todos de parabéns! Vou fazer o link amanhã, OK? Abraços do Brasil pra Portugal!!!
Olá!!!!!!! que imensa alegria interagir!!!!!!!!! que imensa alegria descobrir que gostaste de meu blog!!!!!!!, no que depender de minha pessoa, farei o que puder para interagirmos cada vez mais com mais pessoas de cá e daí.Amigo, desculpe mas sou muito espirituosa então lá vai minha gargalhada(kkkkkkkkkkkkkkkkkkk) pela sua divertidíssima postagem, falando nisso a políticagem muda de continete mas não de utopias as quais políticos (bem sabedores), só podem nos fazer rir, bjks, voltarei voltes também!
Mesmo esquecendo o caso dos carros estrangeiros, imagine-se a cena:
Milhares e milhares de facturas a serem enviadas pelo correio, todos os dias, para pagamento posterior...
Malta a não pagar (como sucede com 30% das multas da EMEL mais as 6.500.000 que a DGV lá tinha a "secar"), envio para tribunal, etc...
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Volto a repetir: é precisamente pelo facto de esbarrar em problemas técnicos de difícil resolução que as SCUT continuam como estão: sem pagamento de portagens. E aposto que vão continuar assim por muito tempo...
Em Londres e na maior parte das cidade inglesas, não há policias a multar veículos. É tudo feito por video-vigilância, sem chips.
O que será pior? Para os portugueses em geral, será ter de cumprir o código e pagar as multas...
Em todo o caso, parece-me pretender-se intituir mais um monopólio em que a viaverde é beneficiada. E o que eu não quero, é como no caso da Brisa, o meu dinheiro vá servir para construir auto-estradas nos Estados Unidos da América!
11 Comments:
Aqui fica uma primeira dica:
Se, como tudo indica, essa solução aparece como a única possível para implementar as tais portagens em autoestradas que actualmente são SCUT, o que sucederá com os veículos estrangeiros?
Depois dos chips nos cães, nos automóveis, enfim de tudo o que se move, os próximos irão ser as pessoas?
Mais uma medida "moderníssima". Mais um custo para os cidadãos.
E mais uma medida avulsa. Mas que apenas significa que não têm controlo de nada.
Os sistemas têm que estar actualizados e funcionar bem. Não é com a introdução de modernices que os problemas ficam resolvidos.
A questão fulcral da organização deste tipo de serviços (chamem-se DVG ou IMTT, etc.) é sempre a mesma. De pouco servem os computadores se os hábitos e a organização em si não forem arrumados. As bibliotecas boas tinham os seus registos bem organizados mesmo antes do adventos dos computadores. Depois estes só vieram ajudar.
Por isso noutros países não é preciso chips para haver um efectivo controlo dos seguros automóveis.
Mais uma vez, o chip é só fumaça....
Tenha-se em conta que, segundo números oficiais, há 6,5 MILHÕES (!) de multas por processar (quanto mais por pagar!) e 800 condutores (só?) que deveriam ter ficado sem carta e que continuam a conduzir, devido ao "fecho" da DGV e consequentes bloqueios informático-burocráticos.
Tudo isto é do âmbito do MAI, onde é Secretário de Estado o José de Magalhães, uma pessoa que conheço e estimo, e que, pelo seu currículo (de "entendido em informática"), me dava esperanças de meter na ordem a informática do Estado - ou, pelo menos, a do seu ministério.
Nesse aspecto, está a ser, para mim, uma desilusão - só comparável (mas mais grave) a Sá Fernandes na Câmara de Lisboa.
A desculpa das scuts é apenas uma "TRETA". O Objectivo é o mesmo do CU (Cartão Único) "The Big Brother is watching you".
Em Israel apenas existe uma autoestrada com portagem. Nesta auto estrada não há portageiros, não há cabines, não há via verde, apenas há câmaras que registam a matricula. Depois o proprietário do veículo recebe a conta em casa.
O tema foi, em tempos, discutido amplamente aqui, incluindo a ideia de receber a conta em casa.
O procedimento é teoricamente possível (câmaras + leitura óptica + base de dados do registo automóvel).
Mas como é que se faria para carros estrangeiros?
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Naturalmente que é por esse e outros problemas que o problema se arrasta sem fim à vista.
Aposto o que quiserem em como isso do "chip" não vai avante.
Simples - os carros estrangeiros não pagam!
Até é um incentivo para os turistas trazerem os seus automóveis, e pagar a gasolina ao preço que sabemos...
Nesse tipo de "pagamento não presencial" (leitura óptica de matrículas, por ex.) preocupa-me a facilidade de qualquer automóvel poder envergar uma matrícula que não seja a sua, ou os motociclistas que tapam a sua matrícula ao passar nessa "portagem".
Porque, como de costume, quem vai ter de provar que não passou lá vai ser o cidadão anónimo que há-de ter a habitual carga de trabalhos.
E parece-me também difícil de ser totalmente fiável no que toca a cobrar realmente a todos os veículos que lá passam. E ainda há a questão de ter de se registar uma entrada e uma saída.
Duvido que a Brisa tenha as praças de portagem por não lhes apetecer mudar para um sistema mais económico.
E chips? Isso é mais um ataque à protecção dos dados individuais de cada um. O tal Big Brother. Para se saber onde andam todos os carros.
Já agora vamos almejar a ter o "analizador de pensamentos ou acções impróprios para um ser humano" que permita multar ainda antes da pessoa cometer algo.
Multas preventivas. Isso também pode ser uma novidade a apresentar em breve.
Caríssimo Antunes Ferreira,
Muito grata pela presença no nosso blog onde estamos comemorando os 100 anos do grande escritor de "Grande Sertões:Veredas", João Guimarães Rosa.
Quanto a essa temática dos "chips nos automóveis", prefiro não me pronunciar no momento, por desconhecimento total dos motivos. Vou inteirar-me antes de qualquer opinião, não pretendo ser leviana. Seu blog é uma referência e um belo exemplo de seriedade, assim como a sua carreira de jornalista e escritor.
Estão todos de parabéns!
Vou fazer o link amanhã, OK?
Abraços do Brasil pra Portugal!!!
Olá!!!!!!! que imensa alegria interagir!!!!!!!!! que imensa alegria descobrir que gostaste de meu blog!!!!!!!, no que depender de minha pessoa, farei o que puder para interagirmos cada vez mais com mais pessoas de cá e daí.Amigo, desculpe mas sou muito espirituosa então lá vai minha gargalhada(kkkkkkkkkkkkkkkkkkk)
pela sua divertidíssima postagem, falando nisso a políticagem muda de continete mas não de utopias as quais políticos (bem sabedores), só podem nos fazer rir, bjks, voltarei voltes também!
Mesmo esquecendo o caso dos carros estrangeiros, imagine-se a cena:
Milhares e milhares de facturas a serem enviadas pelo correio, todos os dias, para pagamento posterior...
Malta a não pagar (como sucede com 30% das multas da EMEL mais as 6.500.000 que a DGV lá tinha a "secar"), envio para tribunal, etc...
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Volto a repetir: é precisamente pelo facto de esbarrar em problemas técnicos de difícil resolução que as SCUT continuam como estão: sem pagamento de portagens. E aposto que vão continuar assim por muito tempo...
Em Londres e na maior parte das cidade inglesas, não há policias a multar veículos. É tudo feito por video-vigilância, sem chips.
O que será pior? Para os portugueses em geral, será ter de cumprir o código e pagar as multas...
Em todo o caso, parece-me pretender-se intituir mais um monopólio em que a viaverde é beneficiada.
E o que eu não quero, é como no caso da Brisa, o meu dinheiro vá servir para construir auto-estradas nos Estados Unidos da América!
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