25.8.08

Núcleo museológico do Alto de São Bento

Por A.M. Galopim de Carvalho
Núcleo museológico do Alto de São Bento, em Évora
DOIS ANOS DEPOIS DA CONQUISTA DE ÉVORA, em 1165, por Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, e do foral que lhe foi dado por D. Afonso Henriques, erguia-se, a 2 km da cidade, no sopé de uma colina, uma pequena ermida dedicada a São Bento, italiano nascido no ano de 480, em Núrsia, fundador do monaquismo ocidental e criador da ordem religiosa que alude ao seu nome - a Ordem Beneditina. Um século mais tarde, sobre esta ermida nascia o convento cisterciense de São Bento de Castris, uma das mais antigas instituições religiosas femininas e, oito séculos depois, no cimo do cabeço, ali ao lado, o Núcleo Museológico do Alto de São Bento.
Numa tradição vinda dos avós, muitas famílias de Évora comiam o “assado” neste cabeço arborizado e fresco onde, há mais de 3000 anos, existiu um castro da Idade do Ferro. Reminiscência pagã, a anunciar a primavera, esta romaria popular, no dia a seguir ao Domingo de Páscoa, ou seja, na Segunda-feira de Festa, como ainda por lá se diz, não tinha deuses nem santos. Para mim e para os que ali confraternizavam, São Bento era apenas o nome de uma colina de granito com três ou quatro moinhos abandonados e em ruína.
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Texto integral [aqui]; v. outras crónicas do mesmo autor no seu blogue Sopas de Pedra.

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