A batata quente
Por Joaquim Letria
OS PARTIDOS PORTUGUESES recusaram aceitar uma batata que uma organização evangélica de protecção aos mais desfavorecidos quis distribuir em Portugal, à semelhança do que já aconteceu em mais de 40 países. A ideia é usar a imagem da batata quente como um símbolo da luta contra a pobreza extrema que os políticos prometeram em 2000 reduzir para metade, assinando a Declaração do Milénio, válida até 2015.
A organização evangélica “Desafio Miqueias” e a católica “Rede Europeia Fé e Justiça” distribuíram uma carta assinada por 265 organizações católicas e evangélicas onde se diz que “a pobreza é crime”.
“A pobreza é uma batata quente que andamos a passar de uns para os outros. Menos a quem precisa”, dizem na carta. Apesar de não conseguirem que recebam as batatas na AR, os militantes vão pôr uma camioneta do Exército de Salvação carregada de batatas em São Bento. Ainda alguém aproveita e leva uns tubérculos para casa…
«24 Horas» de 23 de Outubro de 2008
Etiquetas: JL
3 Comments:
Ao que chegaram os pobres
até batatas chegam do céu
Se os religiosos abdicassem das riquezas que acumularam ao longo dos séculos, matavam a fome a alguns, durante uns tempos, depois ficavam com casas sem arte pendurada nas paredes e fome no mundo na mesma.
Campanha West Coast Portugal
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