O Natal do Pai-Natal
PENSEI QUE NÃO SE FALAVA assim ao Pai Natal, mas o homem repetiu, para que não me restassem dúvidas:
- Se voltas a sair daqui da porta, apanhas uma palmada!
O Pai Natal ficou meio amuado, meio medroso, como todos os miúdos a quem se promete pancada. Segurando os três balões de cores diferentes na mão esquerda, agitou violentamente o sino com a mão direita, de modo a se fazer ouvir por cima do barulho daquela rua comercial.
Por debaixo do fato vermelho e do algodão branco das barbas, o Pai Natal não tinha para mais de doze anos e muito menos para apanhar uma palmada. Se em vez de Natal estivéssemos no Carnaval, qualquer pessoa pensaria que se tratava dum miúdo mascarado.
- Ó filho, não vês que é um Pai Natal a fingir? - disse uma mãe a um filho mais incrédulo, mas não tanto que deixasse de acreditar que todos os anos há um senhor com um trenó carregado de prendas puxado por renas, que vem do Norte despejar presentes pelas chaminés.
(...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: JL
1 Comments:
Se o Pai Natal tivesse apanhado mais bordoada não teria havido crise financeira.
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