Alzarith tombada na rua
Por Baptista-Bastos
AQUI, A MORTE não consente metáforas. A miúda está estendida na rua, um fio de sangue saiu da nuca e secou no pó da rua, a rua traça um diâmetro com a eternidade. Chamava-se Alzarith, tinha seis anos, e corria - sabe-se lá para onde? Mas corria, penso, atribuindo à modesta ideia a substância improvisada das coisas.
(...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: BB
4 Comments:
Fico feliz por saber que nenhum dos milhares de mísseis lançados sobre Israel nestes últimos 2 anos, durante as tréguas, apanhou nenhuma criança Israelita, pois se fosse esse o caso já teríamos certamente lido crónicas deste mesmo autor sobre o horror dessas mortes.
Só fico com uma dúvida: onde se abrigarão as crianças israelitas? Será que a Câmara Municipal de lá distribui casas para eles morarem?
Sim, todos temos muita pena da menina morta na rua de Gaza.
Sobretudo por saber que quem verdadeiramente lhe causou a morte foi a sua própria gente.
E para quando um artiguinho acerca dos jovens suicidas, rapazes e raparigas, educados e industriados para se fazer explodir por aqueles fanáticos, atrasados mentais do raio que os parta?
Será porque os pedaços em que eles se desfazem são mais difíceis de ver espalhados pelo chão e pelas paredes?
Mas que mundo é este em que, para se escrever acerca de uma criança morta (de um lado de uma guerra idiota), é "obrigatório" (para se ser politicamente correcto) falar de outra, "simétrica", para que o texto seja aceite?!
E se o conflito envolver 3 partes (como sucede no Iraque), só se pode escrever acerca delas se se referirem 3 criancinhas (uma sunita, uma xiita e uma curda, pelo menos)?
Além do mais, a crónica de BB não defende o Hammas, até porque a menina morta também é, de certa forma, vítima desses imbecis.
O texto, excelentemente escrito, não defenderá o Hammas porque "esses" não têm defesa. A menina morta é única e exclusivamente vítima "desses imbecis".
Cumprimentos
José Magalhães
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