20.1.09

Mosquitos pitagóricos

Por Nuno Crato
ANTES DE SE TER contacto alargado com outras culturas, tem-se a tendência a imaginar que tudo se passa mais ou menos como o que conhecemos. Julga-se que todos deverão gostar de morcela e que não há cidade mais acolhedora que a nossa. Mas quando se começa a experimentar sushi e se lê Coetze, percebe-se que há maneiras diferentes de estar no mundo.
Uma das louváveis redescobertas do século XX foi a da variedade de culturas, de critérios e de crenças. Muitos pensadores ocidentais perceberam que era necessária e proveitosa uma abertura à diferença. Em arte pensou-se da mesma maneira. Inventaram-se outras maneiras de pintar e criaram-se músicas que antigamente seriam consideradas ruído. Verificou-se que os critérios estéticos variam com a cultura e a educação.
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