Júdice, um homem que veio da direita, primou pela isenção, coisa que outros, vindos da esquerda e dizendo-se ainda de esquerda, desconhecem. O vice do 24 horas pareceu-me um puto gorila a lamber um chupa-chupa oferecido pela Rosa da rua direita.
Dado que num programa intitulado "Prós e Contras" se espera um debate equilibrado entre pessoas com opiniões diferentes (opostas, se possível), isso sucede habitualmente naquele - e concretamente no de ontem?
Esse equilíbrio deve ser garantido pelo número de convidados de cada parte, pelo tempo dado a cada uma, etc.
Neste caso, os 5 convidados foram:
De um lado, o Presidente da Câmara de Alcochete e o secretário-de-estado da altura - que defenderam o processo tal como decorreu.
Do outro lado, estavam dois advogados que defenderam Sócrates (J. Miguel Júdice e Subtil) e um fiscalista (Saldanha Sanches, o único, em 5, que poderia fazer o papel de "contra").
Toda a 1ª parte do programa foi ocupada com os três primeiros.
Para analisar a isenção (ou não) do programa, teremos, também, de ver o tempo de intervenção dado a cada parte, as interrupções, etc.
Num programa que se chama Prós e Contras, havia 4 prós e 1 contra. O que não vem sendo hábito. Mas como se tratava do primeiro-ministro... talvez um telefonema do próprio ou de Augusto Santos Silva, tenha feito com que mudassem as regras.
1 - Um dos prós era o ex-secretário de estado do ambiente de José Sócrates, que disse as maiores bojardas que já ouvi sobre o caso. Para ele tudo era uma cabala montada por jornalistas, políticos, magistrados, advogados e outros. Desconversou, dizendo que os estudos são pagos, por isso não via mal nenhum nos e-mails trocados sobre pagamentos.
2 - Outro dos prós era o ex-presidente de câmara de Alcochete. Bastava olhar para a cara dele e ver que estava envolvido no caso Freeport até ás pontas dos cabelos, que não tinha. A cara dele deixava antever que não lhe cabia um feijão...
3 - O terceiro dos prós era um advogado de segunda categoria, á procura de subir na vida. As declarações que teve, sempre num estilo muito "neutro", deram perfeitamente a entender que quer fazer parte daquela elite de advogados de Lisboa que gravita á volta do poder. E quiçá também a pensar numa candidatura á ordem.
4 - Para o último dos prós é dificil arranjar adjectivos. É das coisas mais ignóbeis. Um dos advogados que mais ganha com serviços do governo, talvez o líder da tal elíte que gravita á volta do poder. Ele que "virou a casaca" do PSD para o PS quando o governo mudou, para continuar a "mamar", e além disso quer ser candidato a presidente da república.
No meio disto tudo - do caso Freeport, e doutros casos de corrupção política - o que é preciso é falar verdade. Algo que muitos apregoam, mas depois não praticam. Felizmente ainda há homens como Paulo Morais (ex-vice-presidente da câmara do Porto) que tem coragem para dizer as coisas como elas são. Foi o único que ontem tentou ajudar a acabar com a corrupção na política.
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Júdice, um homem que veio da direita, primou pela isenção, coisa que outros, vindos da esquerda e dizendo-se ainda de esquerda, desconhecem.
O vice do 24 horas pareceu-me um puto gorila a lamber um chupa-chupa oferecido pela Rosa da rua direita.
A questão que coloco é a seguinte:
Dado que num programa intitulado "Prós e Contras" se espera um debate equilibrado entre pessoas com opiniões diferentes (opostas, se possível), isso sucede habitualmente naquele - e concretamente no de ontem?
Esse equilíbrio deve ser garantido pelo número de convidados de cada parte, pelo tempo dado a cada uma, etc.
Neste caso, os 5 convidados foram:
De um lado, o Presidente da Câmara de Alcochete e o secretário-de-estado da altura - que defenderam o processo tal como decorreu.
Do outro lado, estavam dois advogados que defenderam Sócrates (J. Miguel Júdice e Subtil) e um fiscalista (Saldanha Sanches, o único, em 5, que poderia fazer o papel de "contra").
Toda a 1ª parte do programa foi ocupada com os três primeiros.
Para analisar a isenção (ou não) do programa, teremos, também, de ver o tempo de intervenção dado a cada parte, as interrupções, etc.
De entre os muitos blogues que abordam esse assunto, vale a pena acompanhar, especialmente, o:
http://estragodanacao.blogspot.com/
Havia, essencialmente, 2 temas:
A - O processo de nascimento do Freeport
B - As suspeitas sobre José Sócrates.
Para o assunto "A", foram convidados dois "pró" e nenhum "contra". Para o assunto "B", idem.
Sobrou Saldanha Sanches que se pronunciou sobre assuntos gerais, e com voz atabalhoada, que, muitas vezes, mal permite perceber o que diz.
Espero agora o que dirá a ERC, sempre atenta (e bem) à contagem dos minutos.
Num programa que se chama Prós e Contras, havia 4 prós e 1 contra. O que não vem sendo hábito. Mas como se tratava do primeiro-ministro... talvez um telefonema do próprio ou de Augusto Santos Silva, tenha feito com que mudassem as regras.
1 - Um dos prós era o ex-secretário de estado do ambiente de José Sócrates, que disse as maiores bojardas que já ouvi sobre o caso. Para ele tudo era uma cabala montada por jornalistas, políticos, magistrados, advogados e outros. Desconversou, dizendo que os estudos são pagos, por isso não via mal nenhum nos e-mails trocados sobre pagamentos.
2 - Outro dos prós era o ex-presidente de câmara de Alcochete. Bastava olhar para a cara dele e ver que estava envolvido no caso Freeport até ás pontas dos cabelos, que não tinha. A cara dele deixava antever que não lhe cabia um feijão...
3 - O terceiro dos prós era um advogado de segunda categoria, á procura de subir na vida. As declarações que teve, sempre num estilo muito "neutro", deram perfeitamente a entender que quer fazer parte daquela elite de advogados de Lisboa que gravita á volta do poder. E quiçá também a pensar numa candidatura á ordem.
4 - Para o último dos prós é dificil arranjar adjectivos. É das coisas mais ignóbeis. Um dos advogados que mais ganha com serviços do governo, talvez o líder da tal elíte que gravita á volta do poder. Ele que "virou a casaca" do PSD para o PS quando o governo mudou, para continuar a "mamar", e além disso quer ser candidato a presidente da república.
No meio disto tudo - do caso Freeport, e doutros casos de corrupção política - o que é preciso é falar verdade. Algo que muitos apregoam, mas depois não praticam. Felizmente ainda há homens como Paulo Morais (ex-vice-presidente da câmara do Porto) que tem coragem para dizer as coisas como elas são. Foi o único que ontem tentou ajudar a acabar com a corrupção na política.
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