5.3.09

Luz - XLVI

Fotografias de António Barreto - APPh
Peniche, porto de pesca - Deve ser hoje um dos principais (e dos poucos...) portos de pesca em actividade em Portugal. A diminuição da pesca foi uma das consequências da integração europeia e da globalização. Mas creio que foi um erro das autoridades portuguesas. Em certo sentido, “trocaram” a agricultura e as pescas pela indústria e as auto-estradas. Ficámos a perder nesse negócio! (2006).

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger Alvarez said...

Tem razão amigo Sorumbático.
Só que "altos interesses" existiam (e continuam a existir) para que tal acontecesse...

Um abraço,

Alvarez

5 de março de 2009 às 12:39  
Blogger José Meireles Graça said...

..."trocaram" a agricultura e as pescas pela indústria e as auto-estradas."

A agricultura e as pescas foram trocadas sim mas não percebo bem pelo quê: As auto-estradas estão a ser pagas pelas nossas portagens, não foram "trocadas"; a indústria, pelo menos a exportadora, foi primeiro penalizada pela política cavaquista de valorização anti-competitiva do escudo; depois, pela paridade absurda do escudo/euro; finalmente, pela manutenção num clube (o do euro) onde cada dia se vê com mais clareza que não deveríamos estar. Vieram milhões incontáveis para formação profissional, investimento e programas disto e daquilo. A formação profissional sabe-se o que foi: uma quantidade de indivíduos a fingir que ensinavam grupos de pessoas a fingir que aprendiam, sob o beneplácito das autoridades que entretanto permitiam e incentivavam, à boleia de teorias pedagógicas lunáticas, a destruição da qualidade do ensino; uma parte dos montantes de investimento serviu para pagar às agências, europeias e nacionais, que analisavam candidaturas e distribuiam o dinheiro; outra, para “facilitar” a aprovação; outra, para recompensar o investidor, adiantadamente, para não ser o parente pobre da festa; e o restante para fazer investimentos que, em muitos casos, melhor fora não se tivessem feito.
Este comentário contém exageros e simplificações? Sem dúvida. Mas a geração de dirigentes que, por acreditar que a economia funciona pelo princípio dos vasos comunicantes se convenceu e nos convenceu concomitantemente que a pertença a um clube de ricos nos faria automàticamente ricos faria bem em dedicar-se a um exercício sério de soul searching. Ninguém dá nada a ninguém. Ficar rico dá muito trabalho. E, já agora, o tal clube também faria bem em olhar para si mesmo: A criação de riqueza emigrou para outras paragens.

5 de março de 2009 às 16:30  

Enviar um comentário

<< Home