Será a Minha Heterossexualidade uma Tara?
CONFISSÕES DE UM HETEROSSEXUAL
Monólogo do espectáculo O Ano do Pénis, lido por João Grosso
(ILGA Portugal, 1998)
(ILGA Portugal, 1998)
Tive uma infância perfeitamente normal. A minha mãe, que é lésbica como qualquer boa mãe, era evidentemente uma figura dominadora - não tanto, claro, como a sua amante. Vestiu-me, até muito tarde, com roupas de menina, e cultivou em mim o ar de jovem "Morte em Veneza". Ainda hoje me chama, com toda a naturalidade fufa, a sua Mariquinhas. Para mais, não fosse tal legado suficiente para fazer frutificar uma normal ambiguidade sexual, o meu pai, que é gay como qualquer bom pai, esteve quase sempre ausente - com o seu namorado -; um must para obviar a uma excessiva identificação ao modelo masculino.
De acordo com todas as normais e naturais expectativas, eu deveria ser gay. Como toda a gente. (...)
De acordo com todas as normais e naturais expectativas, eu deveria ser gay. Como toda a gente. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: gays, heterossexualidade, MJR
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