O saber de D. Fátima
Por Joaquim Letria
QUANDO ESTOU POR CÁ e faço alguma pausa entre uma refeição e algum trabalho nocturno, raramente perco o concurso “Duelo Final”. Por dois motivos: um, o de rever Jorge Gabriel, dois, o de ficar de cara à banda, por vezes, com a ignorância de alguns licenciados, mestres, doutores e especialistas que por ali passam, prestando provas relativas à sua cultura geral para ver se ganham algum dinheiro fácil e divertido.
Desta última vez registei aquilo de que aqui dou fé, pelo que verdadeiramente representa: Uma senhora de cerca de 50 anos despachou quatro jovens com tal pintarola que até o Jorge Gabriel lhe perguntou a que se devia tal segurança nas respostas. Ao que a D. Fátima respondeu com modéstia:
- É que eu fiz o 2.º ciclo antigo dos liceus (o antigo 5.º ano) e eles não…
O que aqui fica demonstrado é a diferença entre a excelência quase generalizada do ensino secundário de antigamente e a ineficácia e inutilidade deste que os estudantes do pós-25 de Abril têm sido obrigados a conhecer por um ministério cheio de culpas no cartório.
«24 Horas» de 13 de Maio de 2009
Etiquetas: JL
6 Comments:
Também eu, sempre que posso, assisto ao concurso, para me divertir. O pessoal mais jovem, enquanto se tratar de bandas musicais e conexos, uns filmes mais recentes e mais badalados e algum futebol, vai-se safando. Fora desse menu, é um completo desastre e qualquer 4.ª de antigamente leva a melhor.
Antigamente, qualquer "puto" sabia, de cor e salteado, todos os rios, serras e capitais de distrito do País.
Faziam-se ditados, diminuindo, por esta via, os erros ortográficos.
A tabuada? Todos os santos dias, no final da classe. De trás, para a frente, e de frente para trás. Sem excepção.
E ninguém errava!
Hoje, aprende-se a somar e subtrair... no Magalhães!!!
(entendam isto como metáfora, até porque não tenho nada contra os "Magalhães")
A D. Fátima
é que sabe
peregrina
e casta
no magalhães
Os putos têm os dedos
para ouras tarefas
A propósito do passatempo relâmpago, o nome do livro do Miguéis foi sempre Gente DA Terceira Classe.
Peço o favor de rectificar, porque se está frequentemente, e desde que conheço o livro, a insistir na gente de terceira classe.
Tem toda a razão!
Já incluí NOTA e link para a capa do livro.
Essa é que é a grande verdade, o resto é conversa para entreter meninos e potenciais eleitores...
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