5.5.09

O Santo Condestável

Por Joaquim Letria
QUEM ANDA A PRECISAR duns safanões para dar nas vistas é D. Nuno Álvares Pereira, canonizado pelo Papa Bento XVI no meio da indiferença dos Portugueses que, se têm uma Pátria independente, a ele devem. Mas acções políticas e efeitos mediáticos não são para todos…
O homem que ganhou Aljubarrota e pelejou uma vida inteira, renunciando depois às maiores fortunas e distinções para andar descalço a pedir para os pobres, nem aos católicos entusiasmou agora. Nós temos grandes exemplos, mas antes dos que não os querem seguir, há os que não os querem mostrar.
Nos anos 60, houve uma hilariante disputa no seio do nosso glorioso Exército, entre a Cavalaria e a Infantaria, por causa de D. Nuno, que devia ter uma estátua equestre do mestre Leopoldo de Almeida no alto do Parque Eduardo VII. Como D. Nuno era o patrono da Infantaria, os infantes não deixaram e Salazar achou melhor adiar. Triste decisão: depois do 25 de Abril, o Dr. João Soares pôs o pirilau do Cutileiro no lugar do Condestável! Pobre D. Nuno, santo ainda por cima…
«24 Horas» de 5 de Maio de 2009

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3 Comments:

Blogger António Viriato said...

Também aqui o jacobinismo indígena não vê além do nariz. Cheira-lhe a religião, católica ainda por cima, a patriotismo, nosso e não alheio, logo de execrar... Enfim, o velho complexo do esquerdismo, aqui ajudado pelo estalinismo sobrevivente, 35 anos depois da mudança de regime.

Quantos mais anos teremos de deixar transcorrer, para que estes complexos e exercícios de autoflagelação terminem ?

Responda que souber.

5 de maio de 2009 às 23:01  
Blogger António Viriato said...

Corrijo : responda quem souber.

5 de maio de 2009 às 23:02  
Blogger Táxi Pluvioso said...

O São Dom Nuno era doente mental e no fim da vida flipou de vez, fez figuras tristes pelas ruas de Lisboa, mas essa dos pobres está muito exagerada. Aliás como a maior parte da História lusa. Há quem diga que ele deu a fortuna aos pobres. Mas, enfim, se fosse hoje ele gostaria de fado e futebol. Viva São Dom Nuno! Que viva o santismo!

O próximo santo será o Kaúlza de Arriaga, há uma marca de óleos de fritos a tratar do assunto.

7 de maio de 2009 às 08:31  

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