Vitorino estará a gozar com Durão?
Por Alfredo Barroso
NUMA ENTREVISTA à TSF e ao DN publicada domingo passado, o dr. António Vitorino, sempre certeiro e bem-humorado, qualificou o dr. Durão Barroso, actual presidente da Comissão Europeia, como «o nosso homem em Havana», ou «o nosso agente em Havana», numa claríssima alusão aos títulos (inglês e português) de um dos romances mais notáveis, divertidos e populares do grande escritor inglês Graham Greene.
Ora bem. Como esta comparação com o personagem principal do romance de Graham Greene é bastante desprimorosa para o dr. Durão Barroso, é caso para perguntar se o dr. António Vitorino, com o seu finíssimo sentido de humor, não estaria a ironizar, ou a gozar, ou mesmo a divertir-se à custa do actual presidente da Comissão Europeia?!
Porque, quem leu o romance de Graham Greene, sabe perfeitamente que o personagem recrutado pelos serviços secretos britânicos é um cidadão inglês obscuro e medíocre que vende aspiradores em Havana há vários anos. E é um homem fraco e vulnerável que se revela capaz de todo o tipo de condescendências, inclusive falsificações e mentiras, só para ganhar o dinheiro que lhe pagam os serviços secretos, que é muito.
Aliás, a mais célebre e divertida falsificação de Mister Wormold (assim se chama o vendedor de aspiradores recrutado como espião) consiste, precisamente, em desenhar o esboço de uma nova arma secreta a partir das peças de um aspirador que ele desmonta na sua loja de Lamparilla Street, em Havana.
Perante isto, a minha dúvida é a seguinte: será que o dr. António Vitorino leu mesmo o romance de Graham Greene, e quis gozar com o dr. Durão Barroso comparando-o com um personagem literário perfeitamente ridículo? Ou será que, tal como o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. António Vitorino também já se habituou a citar e a recomendar livros que nunca leu?
Esta é a minha dúvida. Veremos se o dr. António Vitorino a esclarece. Mas aproveitem para ler Our man in Havana (O nosso agente em Havana), se ainda não o leram!
NUMA ENTREVISTA à TSF e ao DN publicada domingo passado, o dr. António Vitorino, sempre certeiro e bem-humorado, qualificou o dr. Durão Barroso, actual presidente da Comissão Europeia, como «o nosso homem em Havana», ou «o nosso agente em Havana», numa claríssima alusão aos títulos (inglês e português) de um dos romances mais notáveis, divertidos e populares do grande escritor inglês Graham Greene.
Ora bem. Como esta comparação com o personagem principal do romance de Graham Greene é bastante desprimorosa para o dr. Durão Barroso, é caso para perguntar se o dr. António Vitorino, com o seu finíssimo sentido de humor, não estaria a ironizar, ou a gozar, ou mesmo a divertir-se à custa do actual presidente da Comissão Europeia?!
Porque, quem leu o romance de Graham Greene, sabe perfeitamente que o personagem recrutado pelos serviços secretos britânicos é um cidadão inglês obscuro e medíocre que vende aspiradores em Havana há vários anos. E é um homem fraco e vulnerável que se revela capaz de todo o tipo de condescendências, inclusive falsificações e mentiras, só para ganhar o dinheiro que lhe pagam os serviços secretos, que é muito.
Aliás, a mais célebre e divertida falsificação de Mister Wormold (assim se chama o vendedor de aspiradores recrutado como espião) consiste, precisamente, em desenhar o esboço de uma nova arma secreta a partir das peças de um aspirador que ele desmonta na sua loja de Lamparilla Street, em Havana.
Perante isto, a minha dúvida é a seguinte: será que o dr. António Vitorino leu mesmo o romance de Graham Greene, e quis gozar com o dr. Durão Barroso comparando-o com um personagem literário perfeitamente ridículo? Ou será que, tal como o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, o dr. António Vitorino também já se habituou a citar e a recomendar livros que nunca leu?
Esta é a minha dúvida. Veremos se o dr. António Vitorino a esclarece. Mas aproveitem para ler Our man in Havana (O nosso agente em Havana), se ainda não o leram!
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NOTA: Esta crónica, que também está afixada no blogue Traço Grosso, baseia-se num comentário que o autor fez, na SIC-N, ontem à noite.
NOTA: Esta crónica, que também está afixada no blogue Traço Grosso, baseia-se num comentário que o autor fez, na SIC-N, ontem à noite.
Etiquetas: AB
1 Comments:
Tendo em consideração que Durão foi indigitado para PCE depois de Vitorino ter sido dado como quase certo para esse lugar, não me espenta que tenha havido jogada suja, daí o ressentimento de Vitorino. Quem não se sente...
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