«Ufff...!»
LOGO A SEGUIR à entrevista de Manuela Ferreira Leite pelos Gato Fedorento deparei, em alguns blogues afectos ao PSD, com um grande nervosismo: «Afinal, até correu bem, não acham?» - era, no essencial a questão colocada, com visível alívio...
De facto, "a coisa" chegou a um ponto tal, que uma gaffe (ou uma fraca prestação num programa televisivo - mesmo de humor) pode desequilibrar a balança das intenções de voto - um pouco como esta que aqui tenho, já muito velhinha:
Se basta uma mosquinha (mesmo morta...) cair num prato para que ela vá para a direita ou para a esquerda... imagine-se o que pode fazer um gato, mais a mais com o peso que aqueles têm!
Se basta uma mosquinha (mesmo morta...) cair num prato para que ela vá para a direita ou para a esquerda... imagine-se o que pode fazer um gato, mais a mais com o peso que aqueles têm!
.
Claro que a questão se põe em relação a todos os que vão ao programa, especialmente quando estão muito próximos de outros, em termos de intenções de voto. Neste caso, a especial atenção dada a MFL derivava do facto de, pelas provas dadas, o senso-de-humor não ser o seu forte, pelo que uns temiam (e outros esperavam) que se pudesse 'espalhar'. Mas até acho que se saiu bem (como, aliás, sucedeu com J. Sócrates e P. Portas).
6 Comments:
A Sócrates, parece-me que deram muito espaço para propaganda, não tendo sido nada embaraçosos para ele.
Talvez seja também por me incomodar ao fazer-se muito esforçado e santinho. Muito compreensivo mas incompreendido. Felizmente, nunca erra...
Porém, nos episódios seguintes já vi que também não foram tão embaraçosos com os convidados como imaginei que viessem a ser.
Para meu espanto, todos se têm saído bem.
Ab
Por mim, esperava mais acidez por parte de RAP. Tudo muito soft, muito convencional. Mas, como diz, MFL até se saiu razoavelmente bem.
Começa logo pelo facto de NÃO ser em directo.
Além disso, não sabemos se há alguma preparação (acordo sobre assuntos a evitar, etc.)
A influência negativa de uma possível barracada não permite que se corram grandes riscos.
Já dizia Mário Castrim que «um bom improviso deve ser bem ensaiado».
Ou seja: em TV, muito do que parece espontâneo não o é.
E que falta faz o M. Castrim, para nos ensinar a ver TV. (A propósito, recordo que ele dizia que se devia dizer "ter ouvisto" na TV, dado que vemos e ouvimos similtâneamente.
Mesmo com a rede da gravação, parece-me frouxo. Ou serão as regras impostas/aceites?
Cada vez admiro mais o Ricardo Araújo Pereira. Conseguir fazer um programa aceitável e que até fez rir, com aquela cara de pau mal esculpido e aquela falta de senso de humor, é de génio.
Parabéns Ricardo.
Enviar um comentário
<< Home