Hospital Animal
Por Joaquim Letria
A GENTE TEM DE SE ESCONDER das televisões e ver só o que sabe bem e não faz mal. Senão, fica-se com a cabeça avariada, o gosto estragado, os critérios alterados. Nesse jogo do esconde-esconde, refugio-me em diferentes canais de maneira a poder ver só o que gosto e a não levar com o telelixo no alto da moleirinha.
Um dos meus refúgios é o programa “Hospital Animal”, produzido e transmitido pela BBC antes de vir parar, em boa hora, ao canal “Sic Mulher”, de onde é difundido ao quilo, e ainda bem, pois é daquelas séries que fascina, informa, forma e entretém, prendendo e comovendo muita gente que prescinde de informação e programas de outras estações de tv para não perder aquela série de que não abre mão, em nenhuma circunstância.
O interessante é que para ver “Hospital Animal” uma pessoa tem de se sujeitar a ver o que a “Sic Mulher” tem para mostrar, até porque geralmente nunca vai para o ar à hora anunciada nem começa a horas certas. Daí eu ficar fascinado com um programa de supostos temas femininos dirigido por uma apresentadora que nuns dias está grávida, noutros não está, e quando não é ela, são outras, que podem estar vestidas de Inverno no pino do verão, com botas altas, camisolas de lã e tudo, ou com roupa de verão em pleno inverno. Eu, cá por mim, até me divirto a vê-las, uma vez que estou à espera do “Hospital Animal”. Mas fico a pensar que fazer mal dá o mesmo trabalho do que fazer bem e que se preferem trabalhar assim, sem respeitar quem os vê, depois não se queixem…
A GENTE TEM DE SE ESCONDER das televisões e ver só o que sabe bem e não faz mal. Senão, fica-se com a cabeça avariada, o gosto estragado, os critérios alterados. Nesse jogo do esconde-esconde, refugio-me em diferentes canais de maneira a poder ver só o que gosto e a não levar com o telelixo no alto da moleirinha.
Um dos meus refúgios é o programa “Hospital Animal”, produzido e transmitido pela BBC antes de vir parar, em boa hora, ao canal “Sic Mulher”, de onde é difundido ao quilo, e ainda bem, pois é daquelas séries que fascina, informa, forma e entretém, prendendo e comovendo muita gente que prescinde de informação e programas de outras estações de tv para não perder aquela série de que não abre mão, em nenhuma circunstância.
O interessante é que para ver “Hospital Animal” uma pessoa tem de se sujeitar a ver o que a “Sic Mulher” tem para mostrar, até porque geralmente nunca vai para o ar à hora anunciada nem começa a horas certas. Daí eu ficar fascinado com um programa de supostos temas femininos dirigido por uma apresentadora que nuns dias está grávida, noutros não está, e quando não é ela, são outras, que podem estar vestidas de Inverno no pino do verão, com botas altas, camisolas de lã e tudo, ou com roupa de verão em pleno inverno. Eu, cá por mim, até me divirto a vê-las, uma vez que estou à espera do “Hospital Animal”. Mas fico a pensar que fazer mal dá o mesmo trabalho do que fazer bem e que se preferem trabalhar assim, sem respeitar quem os vê, depois não se queixem…
«24 horas» de 16 de Setembro de 2009
Etiquetas: JL
2 Comments:
Caro Joaquim Letria,
Percebo perfeitamente do que se queixa, pois sou igualmente vítima desse telelixo.
Penso que esse fenómeno se inclui nesta cultura da mediocridade em que hoje se vive e que nos incutem. Quem faz não faz com qualidade porque quem lhes paga para fazer não quer pagar essa qualidade e quem vê também não dá valor a essa qualidade e portanto o melhor é nem nos preocuparmos muito com isso, até porque as coisas têm de aparecer feitas, sem atentar nos pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Esta é a mensagem que nos passam nos conteúdos da televisão, mas também nos nossos ambientes profissionais ou até sociais.
De qualquer forma já criei alguns mecanismos para me defender disso: gravo o que quero ver e vejo quando quero, nomeadamente documentários.
Para além disso, também só tenho uma televisão para todo o agregado familiar, para evitar a propagação desse mesmo telelixo.
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