Queixas
Por João Paulo Guerra
O GOVERNO JÁ APRESENTOU queixas em Belém: “Deixem-nos governar”, um apelo ao qual o inquilino de Belém foi em tempos muito sensível. E as queixas do Governo confirmam as suspeitas de quantos alvitravam que este Governo não se conformaria com a modalidade de governar sem maioria absoluta. E que a palavra “diálogo” repetida até à saciedade no arranque da legislatura era simplesmente um slogan.
Porque a verdade é que o Governo não tem só razões de queixa das oposições. Quem é que salvou o Governo de ter que suspender a avaliação dos professores, o que seria uma verdadeira humilhação? Quem é que vai deixar passar o Orçamento rectificativo? Quem é que ajudou o Governo a tramar a reforma de 84 mil trabalhadores com 40 anos de trabalho e descontos para a Segurança Social? Quem é que poderá salvar o negócio dos contentores? (...)
Texto integral [aqui]
O Governo do PS está a entrar num processo de mimetismo em relação a Cavaco Silva. Já fala em “forças de bloqueio” e até já pede que o deixem governar.
O GOVERNO JÁ APRESENTOU queixas em Belém: “Deixem-nos governar”, um apelo ao qual o inquilino de Belém foi em tempos muito sensível. E as queixas do Governo confirmam as suspeitas de quantos alvitravam que este Governo não se conformaria com a modalidade de governar sem maioria absoluta. E que a palavra “diálogo” repetida até à saciedade no arranque da legislatura era simplesmente um slogan.
Porque a verdade é que o Governo não tem só razões de queixa das oposições. Quem é que salvou o Governo de ter que suspender a avaliação dos professores, o que seria uma verdadeira humilhação? Quem é que vai deixar passar o Orçamento rectificativo? Quem é que ajudou o Governo a tramar a reforma de 84 mil trabalhadores com 40 anos de trabalho e descontos para a Segurança Social? Quem é que poderá salvar o negócio dos contentores? (...)
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1 Comments:
É, de facto, para lamentar
este queixume insistente
sobre a acção parlamentar
que se quer competente.
A lamúria higienizada
em torno da normalidade,
é, sem dúvida, arrasada
por ser uma infantilidade.
A cultura de negociação
e a política responsável
têm caído em depreciação
de uma forma impensável.
A dramatização excessiva
mina a confiança nacional,
nesta época regressiva
exige-se ética racional.
Epílogo
Com a nau atolada
em terrenos pantanosos,
a decadência revelada
depois de anos luminosos.
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