Pouca-terra
Por João Paulo Guerra
Agora foi a linha férrea Miranda do Corvo – Coimbra: fechou ao fim de 103 anos de circulação.
DIR-SE-Á QUE É O PROGRESSO e que o futuro avança assim, inexoravelmente, espezinhando razões históricas, civilizacionais, ambientais, da economia e do interesse locais. A questão é que o futuro, em Portugal, tem avançado às arrecuas. Desde os governos de Cavaco Silva, o encerramento de linhas e troços ferroviários passou a ser uma espécie de desígnio nacional. E, como está bem à vista, não foi por isso que Portugal avançou... a não ser rumo à desertificação. A desertificação do Interior-Norte é directamente proporcional ao desinvestimento em vias-férreas e comboios. (...)
Texto integral [aqui]
Agora foi a linha férrea Miranda do Corvo – Coimbra: fechou ao fim de 103 anos de circulação.
DIR-SE-Á QUE É O PROGRESSO e que o futuro avança assim, inexoravelmente, espezinhando razões históricas, civilizacionais, ambientais, da economia e do interesse locais. A questão é que o futuro, em Portugal, tem avançado às arrecuas. Desde os governos de Cavaco Silva, o encerramento de linhas e troços ferroviários passou a ser uma espécie de desígnio nacional. E, como está bem à vista, não foi por isso que Portugal avançou... a não ser rumo à desertificação. A desertificação do Interior-Norte é directamente proporcional ao desinvestimento em vias-férreas e comboios. (...)
Etiquetas: autor convidado, JPG
1 Comments:
Este tema dos "encerramentos" (de linhas da CP, de maternidades, de escolas, de hospitais, etc) tem sempre duas leituras:
Será que o país vai ficando mais deserto porque essas coisas fecham, ou será o oposto?
Possivelmente, trata-se de ambas as coisas, numa situação de círculo vicioso.
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