Estamos conversados
Por Joaquim Letria
UM SINDICALISTA disse que em Barcelos exploram trabalho não remunerado de trabalhadores no desemprego. Ouvi este homem e ouvi, depois, um senhor do Emprego e Formação Profissional muito céptico, a dizer que bastaria essas situações serem denunciadas para o IEFP as registar no histórico dessas empresas, pelo que seria pouco plausível, e no mínimo estranho, tal se verificar.
Fiquei estupefacto! Quem manda no IEFP não sabe o que se passa no País? Desconhece factos consubstanciados por vítimas de empresas que oferecem “trabalho à experiência” para depois as mandar embora de mãos vazias, em situações que se repetem pelo país fora?!
Ignora que um jovem à procura do primeiro emprego, na comunicação social, na hotelaria, na restauração, na indústria, depois dum estágio ilegalmente não remunerado, é convidado a “trabalhar à experiência” antes de ser mandado à vida três ou quatro meses depois, rumo a idêntico destino no próximo empregador?!
Ah, não se fiscaliza! Se houver quem dê com a língua nos dentes, talvez se possa escrever alguma coisa no histórico dessa empresa, caso contrário, estamos conversados. De qualquer maneira, ficamos entendidos!
«24 horas» - 25 Fev 10UM SINDICALISTA disse que em Barcelos exploram trabalho não remunerado de trabalhadores no desemprego. Ouvi este homem e ouvi, depois, um senhor do Emprego e Formação Profissional muito céptico, a dizer que bastaria essas situações serem denunciadas para o IEFP as registar no histórico dessas empresas, pelo que seria pouco plausível, e no mínimo estranho, tal se verificar.
Fiquei estupefacto! Quem manda no IEFP não sabe o que se passa no País? Desconhece factos consubstanciados por vítimas de empresas que oferecem “trabalho à experiência” para depois as mandar embora de mãos vazias, em situações que se repetem pelo país fora?!
Ignora que um jovem à procura do primeiro emprego, na comunicação social, na hotelaria, na restauração, na indústria, depois dum estágio ilegalmente não remunerado, é convidado a “trabalhar à experiência” antes de ser mandado à vida três ou quatro meses depois, rumo a idêntico destino no próximo empregador?!
Ah, não se fiscaliza! Se houver quem dê com a língua nos dentes, talvez se possa escrever alguma coisa no histórico dessa empresa, caso contrário, estamos conversados. De qualquer maneira, ficamos entendidos!
Etiquetas: JL
3 Comments:
Caro Joaquim Letria,
Bem haja por dar com a língua nos dentes. É preciso que apareçam mais jornalistas a seguir essa via, a cumprirem o dever sagrado de reduzir a ignorância dos «responsáveis».
Seria bom que nos media surgisse um punhado de bons jornalistas que contribuísse para a recuperação dos mais altos valores nacionais, e arregimentasse os jovens em concursos e «jogos florais» em que eles se concentrassem naquilo que é essencial e, depois, enfatizassem da forma mais visível os premiados. Fica aqui esta sugestão.
Mas, dessa ou de outra forma, Portugal precisa de um pontapé pelas escadas acima na juventude para se criar o fermento de um País moralizado e, na sequência, produtivo, inovador, moderno.
Um abraço
João
Inominável!
Dê-lhes, JL.
Força JL, contamos consigo e com a sua escrita.
Abraço
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