8.2.10

Um super-juiz

Por Joaquim Letria

O CONSELHO Superior da Magistratura afastou a possibilidade de colocar mais um juiz no tribunal central de instrução criminal onde há um único juiz. Assim, o juiz Carlos Alexandre vai tratar sozinho dos processos Portucale, Freeport, Operação Furacão, BPN e Universidade Independente, e decidir quem vai a julgamento, o que se arquiva, etc.. Coisa pouca…

O juiz Fernando Girão, vice presidente do Conselho Superior da Magistratura, explica que este órgão de gestão e disciplina dos juízes “não está na posse de qualquer estudo no sentido de criar mais um lugar no TCIC”.

Ao que parece, o próprio juiz Carlos Alexandre não aceitaria a nomeação de mais um magistrado, considerando a nomeação de mais um juiz para o “ticão” “uma forma de condicionar a sua capacidade de acção”.

Todavia, o Conselho Superior da Magistratura não rejeita mais tarde vir a criar outro lugar de juiz no TCIC, quando se verificar a rotação dos juízes. O sindicato dos juízes defende mais juízes para o tribunal de instrução criminal para evitar a existência de tribunais uninominais.

A gente sabe a justiça que tem. Não sabíamos é como alguns juízes se entretêm.
«24 horas» de 8 de Fevereiro de 2010

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1 Comments:

Blogger R. da Cunha said...

"Eu basto. E podem mandar mais coisas destas, que ainda me sobra tempo. Se mandam para aqui mais alguém, corro-o à pedrada. Podia demitir-me, mas isso não faz o meu género, além de que não era a mesma coisa".
Não sei quem é o autor do escrito, mas creio que o li algures, a propósito de não sei o quê.

8 de fevereiro de 2010 às 18:44  

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