A anterior foz do Tejo
Por A.M. Galopim de Carvalho
A HISTÓRIA do nosso maior rio, como a de qualquer outro, não se limita ao tempo da escrita. Recua milénios, com os antepassados pré-históricos que viveram na sua dependência, e milhões de anos com múltiplos acontecimentos registados nos muitos tipos de rochas dos terrenos que atravessa, rochas essas sempre à disposição de quem as quiser e souber ler. Para além da beleza da paisagem multifacetada, do seu traçado em terras de Espanha e de Portugal, há ainda a beleza de, em alguns troços, podermos conhecer parte importante da sua história. Embora para muitos isso seja uma novidade, o Tejo já correu por terras do concelho de Sesimbra. A sua actual abertura ao oceano, ligando-o ao pequeno mar interior que é o seu estuário, faz-se por um canal estreito conhecido por “gargalo do Tejo”, com direcção sensivelmente Este-Oeste, entre Cacilhas e a foz, frente a Paço de Arcos. Recente, em termos geológicos, esta abertura instalou-se ao longo de um sistema de falhas paralelas que rasgaram a crosta na referida direcção, abrindo um vale que passou a dar saída às águas do grande rio. (...)
Texto integral [aqui]Etiquetas: GC
1 Comments:
E eu, que vivo na outra margem, sigo este rio de ignorância, com algumas investidas às suas ricas margens através da leitura dos seus posts. Dos seus e de todos os intervenientes deste blogue, verdade seja dita.
Menos ignorante me torno? Não, talvez mais consciente de tamanha ignorância, isso sim. Mas, igualmente, com aquele calor de ter aprendido um pouquinho mais.
Da próxima vez que deambular pelos antigos esconsos deste rio, sei que os vou observar com outros olhos.
Obrigada, uma vez mais.
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