4.3.10

Manuel Buiça e Alfredo Costa heróis e mártires da liberdade

Por C. Barroco Esperança

A PROPÓSITO do artigo em epígrafe (...), queixou-se o leitor Paulo J. M. Lopes, da Covilhã, em carta que me dirige (...), manifestando surpresa pelos meus conceitos de «certo e errado» e por «dois assassinos poderem ser considerados mártires, heróis, ou coisa que o valha».

Cumpre-me, em primeiro lugar, agradecer a crítica pois o leitor que comenta presta um serviço a quem escreve. Admito, aliás, que uma alma pia não aceite as «coisas erradas e reprováveis» dos exemplos históricos que referi. Compreendo que Paulo Lopes não seja tão indulgente como eu para com o Mestre de Avis e se condoa com a crueza de que foi vítima o Conde Andeiro; que execre a barbaridade dos conjurados de 1640 para com Miguel de Vasconcelos; que o dilacerem as dezenas de milhares de castelhanos cristãos, também católicos, que D. Nuno aviou em Aljubarrota, o que não o impediu de curar o olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com salpicos ferventes de óleo de fritar peixe, milagre recente que o promoveu à santidade após séculos de defunção. (...)
Texto integral [aqui]

Etiquetas: