22.3.10

O Buraco das Fundações

Por J .L. Saldanha Sanches

UMA FUNDAÇÃO é uma estrutura que perpetua memória do seu fundador (ou algo equivalente) que a dota de um capital suficiente para que esta possa prosseguir os seus fins. A Fundação Gulbenkian, a Fundação Champalimaud, mais recentemente a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Mas há outras.

Temos as chamadas fundações públicas, pagas apenas com dinheiro do Estado para dificultar o controlo do Tribunal de Contas. Temos também as fundações mendicantes: um generoso filantropo pratica boas acções com o dinheiro dos contribuintes.

E certas fundações que parecem ter sido criadas apenas para fugir aos impostos. (...)

Texto integral [aqui]

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5 Comments:

Blogger Mg said...

Há Fundações que, concerteza (toda a regra têm excepções) praticam um trabalho reconhecidamente meritório e louvável.

No entanto, tenho para mim (e não sou só eu: há muita mais gente a pensar assim) que as Fundações são uma espécie de poço, muito.... fundo!, que servem para lá esconder dinheiro.

22 de março de 2010 às 16:31  
Blogger Mg said...

Onde se lê "...que as Fundações são...", pode e deve ler-se "...que boa parte das Fundações são..."

22 de março de 2010 às 16:32  
Blogger Bartolomeu said...

Desconhecia a intenção do escritor José Saramago criar uma fundação no edifício da Casa dos Bicos, dedicada ao debate cívico e à cultura...
Mas pronto, eu até sou muito crítico relativamente à cultura. Aliás, sou de opinião que cultura, é o maior male que infectou a humanidade desde que Adão cedeu à insistência de Eva e trincou a maçã.
São muitos aquele que em vão tentam que compreenda o interesse e a utilidade da cultutra como forma de desenvolvimento das sociedades.
Mas a verdade é que me mantenho um cêpo nesta matéria, até porque não consigo identificar nenhum dos sinais que me apontam, pelo contrário:
As guerras e conflitos porque a humanidade passou e passa, são todos da responsabilidade dos mais cultos entre os membros das sociedades.
Seria de esperar que tanta cultura lhes possibilitasse uma forma pacífica de resolver as diferenças.
As crises económicas e sociais, são geradas, diria até que são inventadas pelos mais cultos, os mesmos que não conseguem, apesar de toda a sua incomensurável cultura, encontrar a solução para as debelar.
Em contrapartida, apercebo-me que sociedades "incultas" se regem por regras e normas ancestrais, que lhes proporcional uma forma de organização social e económica, eficaz, facílima de manter, capaz de lhes manter a sustentabilidade.
Estou sériamente a pensar escrever ao escritor (passo o pleonasmo) pedindo-lhe que repense as linhas orientadoras, os ideais da projectada fundação.
E se numa hipotese muito remota, o escritor me solicitar opinião, irei sugerir-lhe uma "Fundação da Incultura e do Deixa-Andar".

22 de março de 2010 às 17:04  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Nos meus tempos de estudante (entre 1964 e 1970), tive imensos contactos com a F. Gulbenkian, que nos ajudou bastante (nomeadamente em termos de "Cinema Cultural" e "Cinema Pedagógico"), subsidiando as projecções que fazíamos, em escolas e colectividades, de filmes de 16mm

Foi com o maior pasmo que, há um par de anos, vim a saber que a C.M. Lisboa DEVIA DINHEIRO à Fundação Mário Soares!

«Então» - estranhei eu, ingenuamente - «as fundações existem para DAR ou para RECEBER?!»

Fiquei, nessa altura, a saber que há dos dois géneros...

22 de março de 2010 às 19:46  
Blogger Bartolomeu said...

Essa Fundação Mário Soares e o museu de Cortes, são muito interessantes.
A fundação serve concretamente a quem e com que fim?
"Ah e tal... os estudantes de politica podem consultar ali, documentação importante"
Estudantes, né?! Pois...
E o museuzinho?
Em Cortes? Dondéquissofica?
Leiria!?
Ah!!! prós lados do Tromba Rija!!!
Já sei... come-se lá bué da bem.. é pó carote, mas aquilo é dar ao dente até fartar... é encher as bochechas até mai não!
O acervo?
Tão... é constituído pelas "prendas" recebidas em troca das oferecidas aos chefes de estado dos países visitados...
Quéquisso tem de estrórdinário?
Quem pagou?
Quem pagou o quê?
Ah as prendas oferecidas!
Então...secalhar foi com guito do orçamento de estado...
E dadondéquevem esse guito?
Aiiii... que chatice... sei lá dadondéquevem... secalhar é dos impostos co pessoal deixa nas tesoirarias das repartissões de finanssas?!
Sei lá se as ofertas recebidas em trocas das entregues, compradas com o dinheiro dos impostos dos portugueses, deviam ser vendidas na feira da ladra e restituído às finanças e ser utilizado em prol da sociedade... sei lá eu bem... ora!

22 de março de 2010 às 20:43  

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