3.4.10

Ainda não foi desta...

Por Alice Vieira

O MEU PAI NÃO PAROU em casa este fim-de-semana e, no domingo à noite, entrou no escritório com a minha mãe e, passados alguns minutos, chamou-me.

- José Joaquim – disse-me com a voz das horas graves — lembra-te que, se um dia eu faltar, és o homem desta casa.

Fez uma pausa, enquanto a minha mãe se estendia na chaise-longue.

- Entre hoje e amanhã, alguma coisa de muito importante vai acontecer. E seja o que for que oiças, quero que saibas que tudo foi feito para bem do povo, para que mais ninguém viva na miséria, para que toda a gente tenha pão, instrução, liberdade…
Texto integral [aqui]

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3 Comments:

Blogger Bartolomeu said...

Bom... o reizinho daquele tempo (presumo que D. Carlos I) ainda gostava de missas e francesas, não sei se rigorosamente por esta ordem...
Mas, o nosso reizinho actual... para lá de sabermos que não faz a mais pálida ideia de quanto custa um banquete em Belém ou a imposição de uma condecoração, ou uma viágem a algures, acompanhado de um extenso séquito, alojados em hoeis de tantas estrelas que mereciam a classificação de constelações... sabemos que raramente sabe quando a sua pessoa é Presidente e quando é somente Aníbal, ou ambas, ou nenhuma das duas, sabemos ainda que não sabemos se gosta de missas e (ou) de francesas, ou se gosta de alguma coisa...

3 de abril de 2010 às 14:13  
Blogger sábado à noite said...

O "reizinho" era D.Manuel II...Acho que nunca ninguém chamou "reizinho" a D. Carlos. Chamaram-lhe coisas muito, muito piores, evidentemente, mas não um diminutivo...

4 de abril de 2010 às 17:04  
Blogger Bartolomeu said...

Bom, a questão do "reizinho" não contesto, mas como D. Carlos foi vítima de atentado e, D. Manuel, faleceu de doença... presumi.

4 de abril de 2010 às 20:48  

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