16.4.10

Antes que fechem o país

Por Joaquim Letria

HOSPITAIS e centros de saúde, se já tinham dificuldades em funcionarem até aqui, muitas mais terão agora com a corrida às reformas dos funcionários públicos e com os médicos estimulados a reformarem-se e a voltarem a trabalhar, que o governo paga porque precisa deles.
Desde o início deste ano que mais de 15 mil pedidos de reforma foram apresentados na Caixa Geral de Aposentações, devido às alterações das regras que o Governo faz a meio do jogo, pondo em causa algo que já não valia nada: a palavra destes governantes, em particular, e a dos políticos, em geral.
A antecipação de muitas destas reformas fica a dever-se ao modo desfavorável como os funcionários públicos vêem tratadas as suas reformas. Não precisam de ser muito espertos para perceberem que, com gente desta, quanto mais tarde, pior. Assim, antes as penalizações!
Para além da sobrecarga no sistema de pensões, também o sistema de saúde está a caminho da rotura, com a sangria provocada nos hospitais e centros de saúde. Para se ter uma ideia mais clara daquilo que, de facto, se está a fazer, mais de meio milhão de utentes do Serviço Nacional de Saúde estão na iminência de ficar sem médico de família, porque há uma corrida às pensões tipo “antes que acabem as reformas e fechem o País”.
«24 horas» de 16 Abr 10

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1 Comments:

Blogger Bartolomeu said...

sinceramente, não sei se relativamente à entrada para a condição de reforma... quanto mais tarde melhor.
é que... da mesma forma que o estado pode decidir reduzir o valor dos vencimentos e das pensões, aumentar as penalizações para o cálculo das reformas, etc. pode tambem, borrifando-se para se, os funcionários do estado passaram uma vida a descontar do seu vencimento para, ao fim de 35 anos de efectivo serviço e 60 de idade, passando depois para 36 e 65, decidir... "ah e tal... porque não ha guito, vão todos cavar batatas"
e o maralhal, vai, porque se não fôr... lixa-se, não come.

16 de abril de 2010 às 11:10  

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