14.4.10

Portugal dá uma mãozinha à Grécia

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9 Comments:

Blogger GMaciel said...

Acho que já o disse mas repito: estou confusa, não sei se chore, se ria.

14 de abril de 2010 às 16:54  
Blogger Marcelino Teles said...

Esta mãozinha de portugal foi bem dada!

14 de abril de 2010 às 21:57  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E que tal, antes, a legenda «Portugal e Grécia de-braço-dado»

?

15 de abril de 2010 às 09:17  
Blogger Xico said...

Se emprestamos a Angola, por que não emprestar à Grécia, que certamente mais precisa?

15 de abril de 2010 às 10:38  
Blogger Mg said...

Xico: é que é mesmo isso.

Na Grécia, tanto quanto me é dado a conhecer, a terra não é muito fértil em diamantes e petróleo...

E se faz parte da UE, há que ser solidário (na medida ponderada e justa), da mesma forma que, talvez, um dia, vamos querer que sejam solidários connosco.

15 de abril de 2010 às 13:32  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Há muitos, MUITOS anos, um namorado de uma senhora amiga da minha família teve uma súbita necessidade de dinheiro (para um tratamento médico) e pediu-me 50 contos.
Era quase tudo o que eu tinha, mas emprestei-lhos.

O pior veio depois: ficou bom de saúde, retomou a actividade, recompôs as finanças... mas o tempo foi-se passando - e nada de me pagar.
Pior: comprou um carro e convidou-me a dar uma voltinha nele!!!
Algum tempo depois, lá me pagou (mas sem juros, evidentemente).

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Muito mais recentemente, um casal amigo começou a pedir dinheiro emprestado (a mim e à minha mulher).
O problema só apareceu quando nos apercebemos de duas coisas:
Antes de mais, não tencionavam pagar. Depois, continuavam (dentro do possível) a fazer a vida habitual, incluindo o consumo de cigarrilhas, whisky, TV-Cabo, óculos Rayban...
Só nessa altura é que fechei a torneira de vez.
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O problema da Grécia (e, já agora, de Portugal) é semelhante:

Em ambos os casos, são países que gastam mais do que aquilo que produzem, e passam a vida a pedir dinheiro emprestado que "alguém" há-de pagar.

Está tudo muito bem enquanto houver quem empreste...

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Retomando os 2 exemplos que eu dei:

No 1.º caso, não me importaria de voltar a emprestar - mas com juros e papel assinado.

No 2.º caso, nem pensar!

15 de abril de 2010 às 14:06  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Já agora,

Não é a mesma coisa emprestar dinheiro a Angola ou à Grécia, pois o que faz a diferença entre um empréstimo bom e um empréstimo mau são as garantias que o devedor dá ao credor.

Angola pode pagar em petróleo, em diamantes - e sei lá mais com quê!
De certa forma, o empréstimo é como uma hipoteca: está disponível (e à vista) a garantia do pagamento.

E com a Grécia? O que dá ela aos credores como garantia de pagamento? Francamente, não sei.

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E ainda:

Há uns anos, estive no Congo Brazzaville (ex-francês) e tive uma reunião com o ministro da Indústria.
Apesar de grandes produtores de petróleo, estavam na penúria!!! (muitos funcionários públicos nem o ordenado recebiam).
Perguntei porquê, e o ministro explicou-me que a produção de petróleo para os 2 anos seguintes já tinha sido vendida pelo presidente anterior que, com esse dinheiro, financiara a guerra civil!

E, no entanto, empresas portuguesas (uma das quais eu representava) davam-lhe crédito.
O motivo estava "à vista": petróleo, madeiras, contratos de reconstrução, etc.

15 de abril de 2010 às 14:42  
Blogger Mg said...

O problema de Angola é mais complicado do que isso: há muito, mas mesmo muito, capital Angolano em Portugal, nesta e naquela empresa.

Se um dia a familia Santos e os seus compinchas se lembram de ir embora, vai ser bonito...

A questão dos empréstimos é (não só, mas também), uma forma simpática de os manter por cá e, quem sabe, levá-los a investir um pouco mais num País amigo.

É que os diamantes de Angola não servem como garantia, mas sim para comprar percentagens da ZON!

15 de abril de 2010 às 16:29  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Pois, mas não há volta a dar:

Um empréstimo é BOM ou MAU (sob o ponto de vista do credor, evidentemente!) conforme as probabilidades de devolução são boas ou más.

E a devolução pode ser sob a forma de dinheiro ou não. A moeda de troca pode ser outra:

«Perdoamos-vos a dívida desde que o ministro 'tal' seja substituído; ou desde que determinada lei seja aprovada; ou que determinada fábrica tenha determinadas facilidades, etc.»

Quando, a seguir à 2ª Guerra, os americanos injectaram na Europa somas astronómicas, o "pagamento" era sob duas formas:
Comprar equipamentos americanos e afastar a Europa Ocidental da Oriental.

15 de abril de 2010 às 16:51  

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