24.4.10

Ele mexe com a inveja

Por João Duque

PARA QUE CONSTE: não sou amigo de António Mexia nem escrevo este artigo para do mesmo receber quaisquer vantagens ou benefícios da EDP.

Mas o que é facto é que me irrita profundamente ter de confessar publicamente que António Mexia me remete emocionalmente para o lado de 9.999.999 portugueses que discutem a questão da sua remuneração como executivo da EDP. Tudo porque tal como os outros 9.999.999 portugueses sofro do mesmo mal: inveja!

Irra! Mas porque é que não fui eu a receber o convite para liderar uma empresa como a EDP? (...)

Texto integral [aqui]

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6 Comments:

Blogger Ribas said...

Apetece deixar este poema de António Aleixo:

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.

24 de abril de 2010 às 14:34  
Blogger GMaciel said...

Eu devo mesmo ser muito esquisita porque não sinto inveja do Mexia. Ter por ter, optava por Bill Gates.

Posto isto, para mim não é uma questão de números, é pura e simplesmente obsceno que alguém obtenha semelhante remuneração em comparação com os salários que a mesma firma pratica a outros níveis.

As empresas que conheço, estrangeiras, claro, quando distribuem lucros fazem-no por todos os trabalhadores, isto porque há quem estabeleça os objectivos e há quem trabalhe para eles. Por outro lado, objectivos em ambiente de monopólio não são mérito do gestor, mas sim do mercado que os favorece.

Por fim, é mais do que obsceno os mesmos accionistas votarem este tipo de prémios e depois fazerem uma guerra do escafandro porque se pretende aumentar o ordenado mínimo em 25 euros.

Inveja? Não, vómito!

24 de abril de 2010 às 14:46  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Claro que é inveja. Ele nem é gestor por aí além, esperem quando tiverem de pagar o défice tarifário...

Comparar o seu vencimento ao de Cavaco ou Sócrates é um grande disparate. Quando aparecer um Presidente ou 1º ministro úteis que se lhes pague um ordenado igual ao do Mexia.

24 de abril de 2010 às 17:17  
Blogger Sepúlveda said...

Se o ordenado mínimo fosse aumentado em 100€, uma empresa pagaria mais 1400€ num ano a cada funcionario q ganhasse esse ordenado mínimo, não os outros que talvez tivessem aumentos mas abaixo de 100€.
Ou seja, mil funcionários que ganhassem mais 100€/mês por bónus de produtividade dariam uma despesa de apenas €1,4 milhões, menos de metade do que recebeu Mexia. Maciel tem toda a razão. E, se há 3,1 para Mexia, quer dizer que haverá mais para outros, o que revela a sovinice de empresas que nem sabem reconhecer o contributo da sua massa de trabalho.

24 de abril de 2010 às 17:24  
Blogger José Batista said...

Do fundo do coração:
Muito obrigado, Graça Maciel.

24 de abril de 2010 às 20:06  
Blogger (c) P.A.S. Pedro Almeida Sande said...

Simpatizo consigo, ò Duque, mais que com o Mendonça que estava mortinho por ser ministro!
Por ter sido aluno do ISEG e pelo seu planar inclinado!
Mas ò Duque, convenhamos, que o tempo dos monarcas e da nobreza já cá não devia ter lugar!
E o seu leitor que acrescenta 100 euros ao ordenado de cada funcionário, metade da remuneração do Mexia, é bom economista e melhor gestor.

É que para além de nos curar a azia, que não nos deixa trabalhar, distribuir melhor em Portugal leva-nos ao curar do nosso calcanhar de Aquiles: uma zona económica óptima , não de 1.000.000 de Portugueses, mas de 10.000.000 de felizes e produtivos seres humanos!

26 de abril de 2010 às 09:46  

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