Portugal vai falir
Por João Duque
Antigamente eram as famílias que oscilavam em património e desabavam riquezas acumuladas em décadas à custa de infortúnio ou incúria repetida. Com o desenvolvimento das empresas passámos a associar a falência à sua morte.NOS ANOS 70 e 80, com o desenvolvimento do crédito pessoal começaram a falar em falência pessoal o que para mim era estranho até ter encontrado um sujeito que me confessava alegremente estar falido. Achei estranha a felicidade dele quando falava no facto de não ter, nem poder vir a ter em sua posse, qualquer património, mas depressa percebi que as dívidas tinham sido activadas lentamente enquanto os activos tinham lestamente voado para a posse da filha...
Recentemente todos começaram a falar na falência dos Estados e, infeliz e preocupantemente, na possibilidade de falência de Portugal. (...)
Recentemente todos começaram a falar na falência dos Estados e, infeliz e preocupantemente, na possibilidade de falência de Portugal. (...)
Texto integral [aqui]
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5 Comments:
Duas perguntas estúpidas (como de costume):
"E comigo não contem para esse número."
1ª; Como? Se pago tudo o que é impostos, e não tenho nem penso como fugir, e não tenho como controlar como eles são gastos porque o governo não nos liga pevas?
"Nem que para isso o país tenha de virar o rumo a quem nos governa."
2ª; Qual? É que olhando para as escolhas possíveis - governo incluso - é tudo a mesma trampa (para ssr meiguinha).
Na versão inicial, o título tinha um ponto de interrogação no fim - o que, quanto a mim, estaria mais correcto...
Na minha parca visão de económicas e vassoureiras - como diria o saudoso Solnado - se a despesa/dívida é maior do que a receita/activo, a falência é uma mera questão de tempo.
Costumo ouvir o Prof. João Duque no programa Plano Inclinado onde, tal como noutros locais, esta situação já vinha a ser denunciada há muito tempo. Estes senhores que tão mal nos governaram em 13 dos últimos 15 anos não podem ser responsabilizados judicialmente pelo crime que fizeram ao país? Todos sabemos que eles são exímios em escapar à Justiça, mas sempre nos dava algum conforto.
Abyssus abyssum invocat...
A cidadania consumista
prisioneira da escravidão,
como dinamismo prestamista
do bem-estar de qualquer cidadão.
Foram tantos os tropeções
e discursos tão rosados,
nesta hora de delações
surgem brados enfezados…
Fugindo da realidade
com argumentos coloridos
encapota-se a verdade
em fundamentos mal paridos.
Com os olhos bem fechados,
num êxtase de negação,
ficaremos enganchados
numa profunda recessão.
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