O Papa e a tolerância de ponto
Por C. Barroco Esperança
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NENHUM democrata contesta o direito de o Papa visitar Portugal, por mais discutível que seja a intenção de manter vivo um embuste que transformou uns inóspitos campos de pastorícia num centro de combate à República e ao comunismo, primeiro, e num destino vitalício de superstição popular, depois.
O respeito pelos crentes que viajam de joelhos e se arrastam em sofrimento, cumprindo promessas, solicitando milagres, maravilhados com as vestes talares dos clérigos e com a multidão de crentes em êxtase, não permite ridicularizar as encenações sazonais que a máquina eclesiástica põe em palco com especial entusiasmo nos dias 13. (...)
O respeito pelos crentes que viajam de joelhos e se arrastam em sofrimento, cumprindo promessas, solicitando milagres, maravilhados com as vestes talares dos clérigos e com a multidão de crentes em êxtase, não permite ridicularizar as encenações sazonais que a máquina eclesiástica põe em palco com especial entusiasmo nos dias 13. (...)
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Etiquetas: CBE
2 Comments:
"O seu objectivo não é procurar que muitos portugueses creiam, mas que vivam melhor, cada vez mais livres e mais iguais. É essa a missão que incumbe ao Estado e não a de se ajoelhar."
Subscrevendo o texto na íntegra, permito-me salientar este pedaço porque, se nada mais tivesse sido escrito, este trecho resumiria muito bem toda a fantochada que se encena.
Resumiria? Mas esquecia todos os crentes voluntários que gostarão de gozar dessa tolerância de ponto para poder participar na visita papal, que lhes dará alguma alegria e satisfação, o que também é viverem melhor.
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