22.4.10

O Papa e a tolerância de ponto

Por C. Barroco Esperança

NENHUM democrata contesta o direito de o Papa visitar Portugal, por mais discutível que seja a intenção de manter vivo um embuste que transformou uns inóspitos campos de pastorícia num centro de combate à República e ao comunismo, primeiro, e num destino vitalício de superstição popular, depois.

O respeito pelos crentes que viajam de joelhos e se arrastam em sofrimento, cumprindo promessas, solicitando milagres, maravilhados com as vestes talares dos clérigos e com a multidão de crentes em êxtase, não permite ridicularizar as encenações sazonais que a máquina eclesiástica põe em palco com especial entusiasmo nos dias 13. (...)

Texto integral [aqui]

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger GMaciel said...

"O seu objectivo não é procurar que muitos portugueses creiam, mas que vivam melhor, cada vez mais livres e mais iguais. É essa a missão que incumbe ao Estado e não a de se ajoelhar."


Subscrevendo o texto na íntegra, permito-me salientar este pedaço porque, se nada mais tivesse sido escrito, este trecho resumiria muito bem toda a fantochada que se encena.

22 de abril de 2010 às 10:42  
Blogger Sepúlveda said...

Resumiria? Mas esquecia todos os crentes voluntários que gostarão de gozar dessa tolerância de ponto para poder participar na visita papal, que lhes dará alguma alegria e satisfação, o que também é viverem melhor.

24 de abril de 2010 às 20:02  

Enviar um comentário

<< Home