O Pilha-Galinhas
Por A. M. Galopim de Carvaho
O PILHA-GALINHAS, que eu em criança conheci, era um “maltês”, quase sempre desempregado por falta de trabalho, de botas rotas e aspecto andrajoso, mas fino e arguto na conversa. Fornecia a umas tantas freguesas da cidade, a quem isso dava jeito, galinhas ou frangos, bem escondidos, quase sufocados, dentro de sacos, no fundo do alforge que transportava ao ombro. Vendia o que trazia e por bom preço, segundo se dizia. Chegava sempre ao cair da noite, vindo dos campos. O trajecto na cidade fazia-o pelos sítios mais esconsos e escuros, em passadas rápidas e furtivas. A dona Aurora, sua freguesa habitual, nunca lhe perguntava a proveniência da mercadoria, nem nunca ele se lhe referia, embora fosse um falador cheio de histórias para contar. (...)
O PILHA-GALINHAS, que eu em criança conheci, era um “maltês”, quase sempre desempregado por falta de trabalho, de botas rotas e aspecto andrajoso, mas fino e arguto na conversa. Fornecia a umas tantas freguesas da cidade, a quem isso dava jeito, galinhas ou frangos, bem escondidos, quase sufocados, dentro de sacos, no fundo do alforge que transportava ao ombro. Vendia o que trazia e por bom preço, segundo se dizia. Chegava sempre ao cair da noite, vindo dos campos. O trajecto na cidade fazia-o pelos sítios mais esconsos e escuros, em passadas rápidas e furtivas. A dona Aurora, sua freguesa habitual, nunca lhe perguntava a proveniência da mercadoria, nem nunca ele se lhe referia, embora fosse um falador cheio de histórias para contar. (...)
Texto integral [aqui]
Etiquetas: GC
1 Comments:
Mais uma estória engraçada, a lembar "bons" (?) tempos...
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