24.4.10

A propósito da crónica anterior

NA MINHA opinião, as questões que se levantam com a atribuição dos referidos milhões a António Mexia são de várias ordens, não podendo ser resumidas a uma questão de inveja. O que sucede é que fica a ideia (porventura certa...) de que os sacrifícios que se pedem aos portugueses não são aplicáveis a todos.
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NOTA: Esta foto está aqui apenas por associação de ideias com a noção de exemplo: à esquerda, pode ver-se uma fiada de carros multados. Ao fundo, um da Polícia Municipal de Lisboa estacionado, como habitualmente, em local de paragem proibida, à porta da Assembleia Municipal. A foto é apenas uma de várias que se podem ver [aqui] e que, por sua vez, são um resumo de uma gigantesca colecção de outras, que documentam situações semelhantes - onde a noção de exemplo é completamente ignorada por quem devia estar na primeira linha dessas coisas...

5 Comments:

Blogger Ribas said...

Não me choca nada, é um carro da polícia caracterizado.
Para mim é um veículo neutro.

24 de abril de 2010 às 15:53  
Blogger GMaciel said...

Os sacrifícios que se impõem, talvez seja o mais correcto.

Quanto ao lote de fotografias - que espelham muito bem o "quero que se lixem as leis" - aqui na "super-esquadra" de Almada fizeram um rampa para deficientes. Ora, para além de estar mal colocada e acabar numa porta estreita que está sempre fechada, os senhores agentes que usam motas entopem a dita cuja com as mesmas.

Já perguntei se aquilo era um elemento dissuasor para os deficientes. A resposta foi uma carantonha que me fez sorrir. Um dias destes e a continuar no caminho que vamos, ainda sou presa por delito de opinião.

24 de abril de 2010 às 16:52  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Ribas,

Esta foto não mostra o essencial, mas no 'link' indicado pode ver-se bem aquilo a que me refiro:

Os carros e carrinhas da Polícia Municipal estacionam mesmo a seguir ao sinal de paragem proibida, sem que esse mesmo sinal tenha a placa de "excepto serviço da AML".

Esses veículos nem sequer estão em serviço urgente (caso em que podem fazer o que quiserem). Estão, simplesmente, ali estacionados enquanto, a poucos metros dali, agentes da mesma polícia multam - e muito bem! - carros que fazem exactamente o mesmo.

O que está em causa (aqui e no caso dos milhões de Mexia) é que esta gente não tem a mínima noção da força do exemplo.
Ao colocarem-se a si mesmos num mundo à parte dos cidadãos comuns fazem muito mal.

24 de abril de 2010 às 17:08  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Há inveja do Mexia e há inveja da Polícia Municipal. bfds a todos

24 de abril de 2010 às 17:14  
Blogger Ribas said...

Vistas assim as coisas...
O exemplo é tudo!
Podiam ter mais cuidado, até para proteger a própria imagem.

24 de abril de 2010 às 21:17  

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