As “matinées” do cinema Roma
Por Joaquim Letria
O ANTIGO CINEMA Roma, à Avenida de Roma, passava uns filmes muito mais interessantes, quando era cinema, do que os enredos escabrosos a que se dedica agora, desde que as suas “matinées” passaram a albergar deputados municipais cuja actividade parece estar muito longe de ser perfeita.
Basta ver o puxão de orelhas que o colectivo de juízes do Tribunal Judicial de Lisboa deu a esta rapaziada, passando-lhe o correspondente diploma no caso da permuta do Parque Mayer.
Afinal, foi este bando de democratas que se entrega a gerir o estado a que Lisboa chegou, quem conferiu à Bragaparques o direito de preferência na hasta pública de venda dos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, e não o então presidente da Câmara Carmona Rodrigues, que acompanhado por vereadores seus foram atirados para os tribunais e para a desonra da demissão.
Rapaziada séria, esta, que nem com a confissão de não ter lido o documento antes de o votar se conseguiu limpar. Os juízes explicaram-lhes uma coisa em que nunca deviam ter pensado: "o que se espera do órgão supremo do poder autárquico é um exercício sério e responsável das competências que lhes são atribuídas”.
Ora assoem-se lá a mais este guardanapo, meus meninos!
Etiquetas: JL
2 Comments:
NOTA: para ilustrar a crónica, arranjou-se esta imagem do Google-Street-View, que mostra a cena habitual:
Um carro da Polícia Municipal de Lisboa e uma carrinha da autarquia estacionados em local de Paragem Proibida...
Os juízes podem ter explicado, sim, mas o conceito de "exercício sério e responsável das competências que lhes são atribuídas" é algo que lhes é completamente estranho pelo que ficamos na mesma mal servidos.
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