12.5.10

Manuel Alegre

Por Baptista-Bastos

HAVIA, TALVEZ, uma possibilidade criadora neste PS, acaso possuísse a grandeza de desanuviar a tensão que nele próprio quase explode. Mas o PS, este PS, perdeu menções, esqueceu o brio da história de muitos dos seus militantes e dirigentes, move-se ao sabor dos ventos e inverteu, definitivamente?, o papel que poderia representar na sociedade portuguesa. É uma associação de ressentidos, uma agência de empregos, e proclama que os alucinados são os outros.

A possibilidade de que falo consistia em acabar com a dilação em torno da denominação de Manuel Alegre, candidato à Presidência da República, que deixou de ser uma torpe vingança para se converter num escabroso indecoro. Ouve-se o fatal José Lello e não se acredita; escuta-se o medonho Vitalino Canas e ficamos transidos (...)

Texto integral [aqui]

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5 Comments:

Blogger Pi-Erre said...

"...ele pertence ao património cultural..."

Ah, pois é! Pertence, pertence...
E o Professor Karamba também...

12 de maio de 2010 às 10:16  
Blogger Catarina said...

Sempre associei Manuel Alegre a liberdade.
Durante anos pensei que ele chegaria a ser Presidente. Creio que o “tempo” dele passou.. sem se concretizar esse seu sonho.

12 de maio de 2010 às 11:29  
Blogger Manuel Brás said...

As canções alegristas farfalhadas e obsoletas

As palavras trovadas
em sons descompassados
são sempre enturvadas
por cantos repassados.

Da guitarra dedilhada,
com cordas envelhecidas,
sai a canção farfalhada
de toadas distorcidas.

São momentos espantosos
para mais tarde recordar,
de discursos portentosos
com um vigor de enfadar!

12 de maio de 2010 às 11:35  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Eu julgo que Manuel Alegre não perde nada em manter alguma distância em relação a "este PS" pois, tendo em conta a crise actual (e mais o que aí vem a caminho!), as hesitações de certa gente dentro do partido até o podem beneficiar.

São, no fundo, uma espécie de "atestado de esquerda".

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Aliás, e de um modo geral (ao contrário do que sucede com as candidaturas para o Parlamento), uma certa independência em relação aos partidos é vantajosa para os candidatos.
Isso não quer dizer que não possam ser apoiados pelo partido A ou B.
Quer, apenas, dizer que não podem andar a "mendigar" esse apoio, ou a queixar-se que ele tarda.

Um candidato a PR, se quiser ter êxito, deve avançar por sua conta, e os apoios partidários (se os houver) devem vir depois - e não antes.

12 de maio de 2010 às 12:28  
Blogger GMaciel said...

Entre o que se quer crer na construção das nossas paixões, sejam elas quais forem, e a real natureza das coisas e do Homem, existe um hiato irracional. É assim com a religião, o futebol e a política.

Déscartes estava, de facto, enganado.

12 de maio de 2010 às 12:33  

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