11.5.10

Protagonistas matemáticos

Por Nuno Crato

OS PROBLEMAS matemáticos que se usam na escola estão muitas vezes enquadrados em situações do dia-a-dia. Frequentemente, apresenta-se uma pequena história com um protagonista. Em vez de perguntar secamente quanto é 4 x 3, começa-se por dizer que a Maria foi comprar bolas de ténis e comprou 4 pacotes de 3 bolas cada. Com esta prática, os problemas podem tornar-se menos monótonos, os jovens podem perceber com mais facilidade o que se pretende e, ao mesmo tempo, pode-se ajudar os alunos a relacionar o que aprendem com situações da vida diária.

Não há nada de novo nisto. Desde que há matemática que é habitual ensiná-la desta forma. O célebre papiro de Rhind (1650 a.C.), que é o melhor exemplo que se conhece da matemática egípcia, tinha cálculos da inclinação de rampas de pirâmides e problemas de divisão de pão. (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger José Batista said...

Creio que efeitos desta natureza são muito comuns em exames de biologia dos últimos 4-5 anos. Por vezes, é tal a baralhada de textos pouco claros, gráficos e imagens que mesmo os professores correctores têm dificuldade em perceber qual o objectivo de certas perguntas. E os critérios de correcção oficiais são, em certos casos, autênticas bizarrias. Daí que já vamos em médias de exame nacional que estão quatro valores abaixo das médias das classificações das escolas. E não é apenas devido à inflacção de "notas" por pressão dos pais e medo de perder alunos para o particular... Não, não é. Mas este é um escândalo que ninguém parece querer abordar. Porque será?
Ah, também não creio que seja por o ME querer fazer exames difíceis... E eles nem são bem difíceis, são antes... absurdos! Quem duvidar, quer verifique.

11 de maio de 2010 às 22:43  
Blogger GMaciel said...

Não é só na Matemática, caro Nuno Crato, vejo o eduquês nos testes de todas as disciplinas do meu filho. Fico muitas vezes sem perceber se o teste é para mostrar o seu conhecimento naquela área, ou se na área da compreensão do texto escrito.

:(

Os ingleses são muito mais práticos e têm a expressão, "be specific". Isto na vertente fleumática, porque para cá é mais o factor KISS:

Keep
It
Simple,
Stupid

12 de maio de 2010 às 12:50  

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