16.5.10

Luz - Lisnave

Fotografias de António Barreto- APPh

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Os estaleiros da Lisnave, hoje totalmente abandonados, à espera de operações de urbanização, especulação, requalificação ou lá o que seja, ofereciam oportunidades formidáveis para fotografia. Pela cor, pela escala gigante de quase tudo e pelo trabalho humano que lidava com aqueles monstros. Vi-os muitas vezes a trabalhar 24 horas por dia, iluminados de noite como se fosse de manhã. Ali se formou uma das mais coesas e aguerridas (e bem pagas...) comunidades operárias dos tempos modernos. Quando “os da Lisnave” atravessavam o Tejo para ir manifestar a Lisboa, os poderes tremiam! (1980)

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2 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Recentemente, e já em Setúbal (na Setenave), pude ver estas instalações a funcionar, novamente.

Estas docas secas são impressionantes.
Repare-se no tamanho das pessoas, lá em baixo, a trabalhar muito abaixo do nível do rio.

16 de maio de 2010 às 12:24  
Blogger Unknown said...

Eram (ìa dizer são), estas grandes ex-empresas das nossas industrias pesadas, onde os trabalhadores adquiriram, por vezes familiarmente, consciencia de classe operaria, que levaram, atraves da exigencia e "dos conselhos" da CIA do sr. carluci, o sr. mario soares e pandilha a meterem o socialismo na gaveta, e muito mais grave, a destruirem todo o tecido industrial que proporcionasse, ao paìs algum desenvolvimento industrial digno de monta e de receitas em áreas em que eramos concorrenciais internacionalmente.A Quimigal industria quimica pesada, a industria de conservação e reparação naval, a siderurgia nacional,a industrioa metalomecanica pesada situada a norte e sul do tejo, com empresas como a Sorefame, Equimetal, Mompor, ENI, Construtora Moderna e outros estaleiros de construção naval no Seixal, foram empresas destruidas pelo "simples" facto de serem "focos" de combate ás politicas governamentais,unicamente no desejo do interesse nacional e da manutenção dos postos de trabalho.
O resto é poesia, a transferencia para a setenave, o recurso a mão-de-obra sem contratos recibos de varias cores , etc. O CAPITAL NÃO TÊM PÁTRIA, SÓ A EXPLORAÇÃO DA MÃO DE OBRA PARA MAXIMIZAR TANTO QUANTO POSSIVEL OS LUCROS.
carlo

17 de maio de 2010 às 00:24  

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