26.6.10

«DE» de 16 Jun 10
Dia 22 Jun 10
NO DIA em que a A.R. chumbou o 'chip', o Secretário de Estado dos Transportes foi à SIC-N e disse, com alguma razão, que o actual sistema de fotografia das matrículas (e que é accionado quando, p. ex., alguém passa sem pagar) ainda é mais invasivo da privacidade.
Perguntar-se-á, então, porque é que esse sistema (que já existe e é fiável) não avança como alternativa aos 'chips'. Suponho que haja, pelo menos, duas boas razões:

Uma delas tem a ver com a cobrança correspondente aos carros com matrícula estrangeira - como é que obteriam a morada para envio da conta?

A outra pode ser ilustrada com a imagem que se vê em baixo: pela enésima vez, os CTT enganam-se, e metem na minha caixa do correio cartas (incluindo declarações para o IRS!), encomendas (como foi o caso desta, vinda de Hong-Kong) e até um aviso de uma convocatória de um tribunal (em correio registado!!) - que são para outros andares ou mesmo para outros prédios! E de nada adianta reclamar por escrito, pois a resposta (que, valha a verdade, sempre vem...) é "chapa 3".

5 Comments:

Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Ainda o problema das portagens de carros com matrícula estrangeira:

Nas autoestradas da Áustria (e segundo me diz quem já lá esteve recentemente), os estrangeiros compram um selo para n dias, e podem andar à vontade durante esse período, sem limites.

Aqui, querem fazer um aluguer do ‘chip’ (com caução, pré-carregamento, etc.), sendo depois as portagens pagas caso-a-caso, abatendo o seu valor no crédito.

Se alguém acredita que isso vai funcionar, tenha em conta que eu mantenho a aposta de um almoço de lagosta em como não passa de fantasias de deslumbrados tecnológicos.

(Como já disse, o único que até agora apostou comigo... perdeu)

26 de junho de 2010 às 19:36  
Blogger João Pais said...

Caro CMR,

nao sei como será em Portugal, mas em outros pontos da europa se transgredirmos a lei, a multa pode passar fronteiras.
Um exemplo: fui com uns amigos da Alemanha até à Hungria num carro alugado. Enquanto estivemos lá, um dia recebemos uma multa de estancionamento. No papel dizia (em inglês e húngaro) onde podíamos pagar, mas especialmente por sugestao dos alemaes, ignorámos a multa e voltámos para casa.
Umas semanas depois, a multa vem ter a minha casa na Alemanha, já que o carro alugado estava em meu nome.

Nao sei como está regulada na prática a articulacao entre Portugal e a Europa, mas a abertura das fronteiras também se aplica às multas.

26 de junho de 2010 às 23:14  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Sim, há multas trans-fronteiriças, mas só acima de determinado valor.

Além disso, há uma diferença entre multas e coimas.

Não posso jurar, mas duvido que, p. ex., uma multa por ultrapassar os 50km/h no Túnel do Marquês, aplicada a um belga, venha alguma vez a ser paga (até porque as multas, mesmo só as de cá, prescrevem aos milhões!)

De qualquer forma, vamos esperar...

26 de junho de 2010 às 23:25  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E ainda:

Em termos de multas, ainda talvez possa haver acordo entre polícias de diversos países.

Mas o que eu refiro no 'post' é outra coisa:

É enviar a conta normal da portagem ao condutor estrangeiro, identificando-o apenas pela matrícula (como referiu, anteontem, o referido governante).

26 de junho de 2010 às 23:29  
Blogger Sepúlveda said...

Compreende-se que, para quem passe sem pagar, o sistema seja mais invasivo. Para utilização normal é que não.
Gostava de ver os que mandaram avançar com obras para a cobranaça electrónica a pagá-las, uma vez que meteram (como tantas vezes) o carro à frente dos bois. Como é que puderam começar a implementar um sistema que nem se sabia como ia funcionar nem tinha ainda tudo autorizado/legalizado?

Continuem assim, políticos ranhosos.

27 de junho de 2010 às 15:06  

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