O casar, o pagar e o morrer
Por João Duque
DIZ O POVO, e eu repito-o nas aulas de Finanças Empresariais, que “o casar, o pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser”.
A ideia subjacente ao morrer é óbvia embora, quando a vida se torna penosa, particularmente do ponto de vista físico, muitos dos que rodeiam o paciente, e por vezes, até o próprio, peçam à caridade divina a antecipação da data de expiração.
Quanto ao casar, a ideia é mais rebuscada. Se o casamento é um passo para a felicidade, porque razão diz o povo que o ideal é adiá-lo? Vários motivos podemos apontar para isso, mas o que me diverte mais é quando penso que exercendo o direito do matrimónio se exerce uma opção que, como muitas outras, tem bem mais valor viva do que "morta". (...)
Texto integral [aqui]
DIZ O POVO, e eu repito-o nas aulas de Finanças Empresariais, que “o casar, o pagar e o morrer, o mais tarde que puder ser”.
A ideia subjacente ao morrer é óbvia embora, quando a vida se torna penosa, particularmente do ponto de vista físico, muitos dos que rodeiam o paciente, e por vezes, até o próprio, peçam à caridade divina a antecipação da data de expiração.
Quanto ao casar, a ideia é mais rebuscada. Se o casamento é um passo para a felicidade, porque razão diz o povo que o ideal é adiá-lo? Vários motivos podemos apontar para isso, mas o que me diverte mais é quando penso que exercendo o direito do matrimónio se exerce uma opção que, como muitas outras, tem bem mais valor viva do que "morta". (...)
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3 Comments:
Talvez o melhor, seja "Negociar com eles", como dizia o saudoso Professor Agostinho da Silva, à saudosa Alice Cruz.
Vamos ver e ouvir?
Bora lá!
http://www.youtube.com/watch?v=nqS5bq7RE6I&feature=related
O nosso Estado tão exemplar,
realmente, é muito prendado,
pobre figura dá ao revelar
não consumando o acordado.
O Estado insustentável,
e que não parece melhorar,
é uma marca lamentável
que será difícil de sarar.
Lá dizia um velhinho da minha aldeia: dívidas velhas não se pagam e as novas deixam-se fazer velhas; e quem me dever que me pague, e a quem eu dever que espere...
Isto dizia ele, mas não era o que praticava. Brincava portanto.
E tanto humor tinha que, um dia, já com um grão na asa, serão adentro na taberna, à saída, de braço dado com um amigo, de quem era credor, respondeu assim quando ele lhe perguntou quando é que ele lhe havia de pagar: - tanto me importa que pagues agora como amanhã bem cedo, antes de a tasca abrir.
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