30.6.10

O Discurso da Ambiguidade

Por Baptista-Bastos

PEDRO PASSOS COELHO falou, com amenidade, acerca das alterações ao programa do PSD, que pretende intentar. Acentuou que o mundo está em mudança e que o partido, naturalmente, tem de acompanhar o mundo e a mudança.
(...)
O novo presidente do PSD está a encaminhá-lo para as zonas dos objectos perdidos, no propósito (acaso sem intenção, o que é pior) de romper os laços sociais, e de fazer desaparecer, simultaneamente, as garantias dos nossos direitos individuais, e um horizonte de valores cuja importância nunca denegámos. A exigência democrática não se compadece com a incerteza.
(...)
Se o Governo é a baralhada que se conhece, os torções a que procede o PSD, entre a palavra e a acção, impedem-nos de descortinar uma perspectiva de escolhas, de valores e de padrões. A tese de que não agir faz parte do agir parece-me anacrónica. Sobretudo quando, apesar de lacunas e desconsolos, o português comum já não participa nessa "adesão passiva" que fez a história das tiranias e das democracias de superfície. (...)
Texto integral [aqui]

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger Ribas said...

Passos Coelho tem toda a razão. O mundo está em profunda mudança. É urgente baixar o nível de vida dos países desenvolvidos ao nível dos países emergentes. Só assim se pode atrair o investimento que tem fugido dos países do primeiro mundo. Quanto a isto, Passos Coelho pouco pode fazer. A estratégia é global e Portugal está no rol apesar do estado em que se encontra. Não adianta fazer demagogias, a nossa situação é insustentável, como advertiu o PR. Neste momento, as regalias; grande parte dos direitos adquiridos; muitas medidas proteccionistas de mercado e sociais, são entraves à sustentabilidade.

30 de junho de 2010 às 08:13  
Blogger Sepúlveda said...

Entraves à sustentabilidade são os desperdícios do Estado, as despesas por desorganização e as outras que são intencionais e muitas vezes corruptas. Em geral são "patrocinadas" pelo governo mas as autarquias são outro bom exemplo de bolsos sem fundo, assentes no crédito, sem lembrarem a ninguém o peso que os juros têm nos orçamentos.

Se nós (UE e "ocidentais") é que estamos bem em qualidade de vida (que é discutível) então como mais fortes só temos que levar os demais a chegar lá. Mas os nossos líderes já estão sob os interesses económicos, não é?
Então não vai dar porque esses interesses também não querem menores despesas da parte do Estado.

30 de junho de 2010 às 11:35  
Blogger Ribas said...

Sem dúvida!
Acabei agora de ler o Primeiro Orçamento Suplementar da Assembleia da República para 2010, aprovado hoje em Diário da República. É impressionante a quantidade de verbas consumidas pela Administração.
Aqui não vale a máxima, ainda que retórica, de Sarkosy - Cada euro do povo tem de ser um euro bem gerido.

30 de junho de 2010 às 11:53  

Enviar um comentário

<< Home