Recordando João Aguiar
QUANDO tomamos contacto com obras baseadas em factos históricos, ficamos sempre na dúvida acerca do que será real e do que não passa de mera ficção. E foi exactamente o cuidado do autor em destrinçar uma coisa da outra que me levou a apreciar de sobremaneira o romance A Voz dos Deuses, de João Aguiar, que li com prazer no já remoto ano de 1985: no fim do livro, em 6 páginas de letra miudinha, o autor esclarece tudo e mais alguma coisa em termos de livros consultados, cronologia, locais e pessoas referidos na obra e - o que, para mim, foi o mais importante - indica claramente quais as partes que teve de inventar. Algum tempo depois, encontrei-o na Feira do Livro de Lisboa, cumprimentei-o, e fiz questão de lhe dizer isso mesmo.
O tempo passou-se, nunca mais nos voltámos a ver, mas eu fui comprando os seus livros. Gostei muito de alguns e menos de outros - estranho seria que assim não fosse.
Mais tarde, quando o Sorumbático nasceu, ofereceu livros e textos de sua autoria - e até sucedeu um episódio curioso:
Perguntei-lhe, a certa altura, se podia transcrever as crónicas que ele publicava naquela revista. Disse-me que sim, desde que eu obtivesse o acordo do Director. Escrevi a pedi-lo, e respondeu-me que poderia disponibilizar-me os textos de J.A. que tivessem sido publicados há mais de um ano, e que mos enviaria. Fiquei grato, e esperei... Ao fim de algum tempo, informou-me que, afinal, ainda era preciso mais uma outra autorização, não sei de quem. Bem... já lá vão uns anitos... pode ser que um dia essa autorização chegue - será bem-vinda; só é pena que, nessa altura, o saudoso João Aguiar já não possa conhecer as opiniões dos leitores do Sorumbático...
O tempo passou-se, nunca mais nos voltámos a ver, mas eu fui comprando os seus livros. Gostei muito de alguns e menos de outros - estranho seria que assim não fosse.
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Entretanto, eu também ia lendo, e sempre com grande prazer, as crónicas que ele publicava na Superinteressante; consegui obter o seu e-mail, e enviava-lhe, com frequência, os meus comentários acerca delas, o que - estou em crer - ele apreciava, até porque sempre respondia.Mais tarde, quando o Sorumbático nasceu, ofereceu livros e textos de sua autoria - e até sucedeu um episódio curioso:
Perguntei-lhe, a certa altura, se podia transcrever as crónicas que ele publicava naquela revista. Disse-me que sim, desde que eu obtivesse o acordo do Director. Escrevi a pedi-lo, e respondeu-me que poderia disponibilizar-me os textos de J.A. que tivessem sido publicados há mais de um ano, e que mos enviaria. Fiquei grato, e esperei... Ao fim de algum tempo, informou-me que, afinal, ainda era preciso mais uma outra autorização, não sei de quem. Bem... já lá vão uns anitos... pode ser que um dia essa autorização chegue - será bem-vinda; só é pena que, nessa altura, o saudoso João Aguiar já não possa conhecer as opiniões dos leitores do Sorumbático...
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