11.6.10

Remoques

Por João Paulo Guerra

O CHEFE DE ESTADO produziu uma afirmação que fica bem a qualquer estadista e em qualquer discurso. Disse que não é Bruxelas que decide a agenda de Lisboa. Acontece que pelo andamento da carruagem se vê que não é preciso Bruxelas decidir a agenda de Lisboa, uma vez que Lisboa decide segundo a agenda de Bruxelas.
Recapitulemos. O comissário europeu para os Assuntos Económicos, o liberal finlandês Olli Rehn, reincidiu nos seus remoques a Portugal e nos seus avisos aos portugueses em matéria de austeridade e direitos laborais. O comissário, escolhido pelo Dr. Durão Barroso, já tinha metido o bedelho no PEC, em Abril passado, reclamando a Portugal e aos portugueses "esforços adicionais" para reduzir o défice orçamental. (...)
Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger GMaciel said...

"E a crise veio mesmo a propósito e dá mesmo jeito."

Penso o mesmo e já o afirmei.

11 de junho de 2010 às 16:38  
Blogger Ribas said...

Não é Bruxelas que decide a agenda portuguesa, mas é Bruxelas que nos vai governando.
A agenda portuguesa não contemplava o aumento do IVA nem outras medidas draconianas, foi precisamente Bruxelas quem intimou o governo a tomá-las e a situação tende a repetir-se sempre que tal se afigure necessário.
O governo pode colocar na agenda o que bem entender e quando bem entender, lá isso é verdade, mas se não colocar em agenda as recomendações de Bruxelas, só vai conseguir que a sua agenda seja desprezada e rectificada por Bruxelas - o verdadeiro centro de governo.

11 de junho de 2010 às 19:26  

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