Rapaziadas (Parte II)
ESTA NOTÍCIA, cujos detalhes se podem ler [aqui], vem na linha do que foi feito, recentemente, com os beneficiários do RSI, mas não só:
Aquando da gripe das aves, as pessoas foram intimadas a declarar, nas juntas de freguesia, as aves que tinham (quantos patos, quantas galinhas, quantos perus, etc). No caso dos habitantes da terra da minha mulher, o pessoal teria de se deslocar a Vila Velha de Ródão (que fica a 6km) para cumprir a lei - mas se, enquanto iam e vinham, algum bicho nascesse ou morresse, já a declaração estava errada... Acresce que a aldeia (como todas, em redor) não tem transportes públicos. E estamos todos a imaginar a população (ou, pelo menos, uma pessoa por cada casa) a chamar o único táxi existente para ir, dia-sim-dia-não, e aos 4 de cada vez, declarar a bicharada, não estamos?
Dando voz ao que pensam as vítimas: e se esses legisladores-da-treta (garotos urbanos, certamente) metessem essas suas ideias brilhantes no... arquivo?
Aquando da gripe das aves, as pessoas foram intimadas a declarar, nas juntas de freguesia, as aves que tinham (quantos patos, quantas galinhas, quantos perus, etc). No caso dos habitantes da terra da minha mulher, o pessoal teria de se deslocar a Vila Velha de Ródão (que fica a 6km) para cumprir a lei - mas se, enquanto iam e vinham, algum bicho nascesse ou morresse, já a declaração estava errada... Acresce que a aldeia (como todas, em redor) não tem transportes públicos. E estamos todos a imaginar a população (ou, pelo menos, uma pessoa por cada casa) a chamar o único táxi existente para ir, dia-sim-dia-não, e aos 4 de cada vez, declarar a bicharada, não estamos?
Dando voz ao que pensam as vítimas: e se esses legisladores-da-treta (garotos urbanos, certamente) metessem essas suas ideias brilhantes no... arquivo?
3 Comments:
Os pastores deveriam ser obrigados a frequentar os cursos das Novas Oportunidades. Assim, já saberiam como lidar com as novas tecnologias. Em alternativa, poderiam deixar os seus rebanhos em frente ao Palácio de S. Bento, na capital do Império e ir tratar de outra vida. Qual? Isso é que é não sei...
Há uns dois anos foi publicada uma qualquer Lei que obrigava os proprietários agrícolas a registarem os poços, charcas, minas e quejandos das suas propriedades, registos esses com prazo curto. Parece que muito poucos sabiam da coisa. As tvs terão falado no assunto e foi um ver se te avias. Era necessária uma série de papelada (incluindo um mapa topográfico da propriedade) a juntar a um questionário intragável. Tanta gente correu para os serviços que o prazo teve que ser diferido num ano. Veio a concluir-se que a tal coisa só era obrigatória para furos artesianos e para grandes utilizadores. Mas o mal estva feito, dinheiro e tempo gastos e aflições que chegassem. Esta gente será acéfala?
Acerca de uma situação semelhante, vale a pena ler a crónica «Impostos e imposturas», [aqui].
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